O Palácio de Congressos do Algarve, na Herdade dos Salgados, em Albufeira, abre hoje as portas à primeira noite do Solrir, o mais mediático festival de humor do país. Pelas 21h30 sobe ao palco o comediante e imitador de vozes Pedro Soares, com um repertório recheado de piadas e das frases mais célebres de algumas figuras públicas da nossa praça. A seguir, com dois mil e 300 espetáculos, 126 mil quilómetros percorridos em 15 anos de muitas gargalhadas, a dupla de humoristas mais famosa de Portugal - Quim Roscas (João Paulo Rodrigues) e Zeca Estacionâncio (Pedro Alves) - traz um espetáculo hilariante para todas as idades.

A animação vai continuar até ao primeiro dia de 2019, com cada noite a ter uma programação específica com espetáculos de vários humoristas. A 29 de dezembro, Nilton volta ao Solrir para mais uma performance repleta de humor e boa disposição. O conceituado humorista irá dividir o palco com Rita Leitão (Piglet) e com o Grupo de Teatro do CIRM. Rita é a única mulher a atuar no festival e vem apresentar «Meia Dose de Leitão», uma viagem pelo agridoce da vida, desde os dilemas de uma Peter Pan da suinicultura, aos dramas da Terceira Idade. O grupo de teatro amador do CIRM, da Mexilhoeira Grande, traz revista à algarvia com a peça «Hostel». Os sete artistas em palco dão vida a uma rábula centrada nas expressões e personagens típicos do Algarve.

No dia 30 de dezembro, Joca, Joel Santos e Zé Pedro formam a «Tríade Comédia», e João Didelet e António Machado apresentam «Faz-te Homem», uma comédia feita por dois amigos de longa data, que decidem debater o papel do homem na sociedade e as suas ramificações com tudo o que o rodeia: regabofe, carros, futebol, copos, porrada, mariquices versus machices, e, claro, mulheres. A melhor forma que encontraram para abordar o abominável mundo do homem foi organizar uma «Conferência de e para Machos».

O festival encerra na primeira noite do ano com Fernando Mendes numa atuação a solo no espetáculo «Insónia», em que encarna na pessoa de Custódio Reis, um vendedor de vinhos e licorosos, que vive com a corda ao pescoço, tanto financeiramente, como familiarmente. É o comum português de classe média, afogado em dívidas e créditos.

Foto: Filipe da Palma