Prometia ser um momento emotivo e assim foi, na tarde de 22 de dezembro, sábado, no Lar da Terceira Idade da Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel, onde uma residente muito especial comemorou os 106 anos de idade. A festa repete-se há sete anos, tantos quantos Maria da Conceição Brito está a viver neste lar, onde é uma verdadeira «princesa», descreveu o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel, Júlio Pereira, antes do tradicional soprar das velas do bolo de aniversário.

Maria da Conceição Brito nasceu em 1912, o ano em que Gago Coutinho e Sacadura Cabral fizeram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, feito imortalizado em São Brás de Alportel com uma réplica artística do hidroavião Santa Cruz. A data inscrita na sua certidão de nascimento assume, por isso, um outro simbolismo, mas Maria é também a única habitante do concelho que persiste do tempo em que São Brás de Alportel fazia parte, em termos administrativos, do concelho de Faro, do qual viria a ganhar a independência a 1 de junho de 1914.


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Curiosidades históricas que são apenas isso, meras curiosidades, porque o facto principal deste dia 22 de dezembro foi mesmo a alegria, o sorriso espelhado no rosto, a jovialidade, vitalidade e frescura de espírito com que Maria da Conceição Brito brindou a todos aqueles que participaram na sua festa. E pouco dada a essas coisas de protocolos e formalismos, nem foi muito fácil a Júlio Pereira, mas também a Vítor Guerreiro e João Rosa, presidentes da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de São Brás de Alportel, respetivamente, dizerem umas palavras, porque a aniversariante esteve sempre bastante interventiva.

Foi, por isso, um emotivo e bem passado momento de confraternização com responsáveis autárquicos, utentes, familiares, dirigentes e colaboradores da Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel e, assim haja saúde e boa-disposição, lá estaremos novamente em 2019.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina