O «Água Jovem» é uma parceria da Águas do Algarve, Agência
Portuguesa do Ambiente I.P. – Administração da Região Hidrográfica do Algarve e
Zoomarine, três entidades que ao longo dos anos têm vindo a investir na
educação ambiental das crianças e jovens que frequentem o pré-escolar, 1.º, 2.º
e 3.º Ciclos do Ensino Básico e os alunos que beneficiam de medidas educativas
seletivas e adicionais. Este ano, o projeto versa sobre dois temas distintos:
Tema I – Mãos que cuidam da Água – O contributo para a
Agenda 2030
"A Agenda 2030 é a nossa Declaração Global de
Interdependência", afirmou António Guterres, Secretário-geral da ONU. “A
água faz parte do património do planeta. Cada continente, cada povo, cada
nação, cada região, cada cidade, cada Cidadão é plenamente responsável aos
olhos de todos”, refere o Art. 1.º da Declaração Universal dos Direitos da
Água. Mediante esta afirmação, é importante que cada cidadão no mundo saiba de
que modo pode contribuir para cuidar da Água.
Hoje em dia, poupar água já não é suficiente, há que
perceber, por exemplo, as implicações da mudança do clima e da gestão
inadequada dos recursos naturais na vida de cada cidadão. Por outro lado,
importa ter uma ideia clara do impacto de cada um com a sua pegada hídrica,
associada ao que se consome. “Os recursos hídricos, bem como os serviços a eles
associados, sustentam os esforços de erradicação da pobreza, de crescimento
econômico e da sustentabilidade ambiental. O acesso à água e ao saneamento
importa para todos os aspetos da dignidade humana: da segurança alimentar e
energética à saúde humana e ambiental”, refere ainda a Agenda 2030.
Assim, neste tema é pedido aos participantes que reflitam
sobre as várias interdependências do património/recurso água com os diversos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, “uma agenda ambiciosa com
vista à erradicação da pobreza e ao desenvolvimento económico, social e
ambiental à escala global até 2030”.
Tema II – Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa
Vicentina
O Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina
estende-se por uma faixa estreita do litoral, Costa Sudoeste, entre S. Torpes e
Burgau, com uma extensão de 110 quilómetros, sendo a área total de cerca de 131
mil hectares. A Costa Sudoeste, como é denominada, por vezes, esta zona,
corresponde a uma zona de interface mar-terra com características muito
específicas que lhe conferem uma elevada diversidade paisagística, incluindo
alguns habitats que suportam uma elevada biodiversidade, tanto florística como
faunística. Esta Área Protegida, com uma grande diversidade de habitats
costeiros, foi classificada a fim de preservar a sua diversidade, traduzida na
presença de uma flora enriquecida pela presença de vários endemismos e de uma
fauna em que a avifauna e ictiofauna detêm um papel destacado. O Decreto-Lei
n.º 241/88, de 7 de junho, procura preservar os valores naturais
existentes e disciplinar a ocupação do espaço.
Os objetivos deste tema são: sensibilizar para importância
deste Parque Natural no contexto local e global; divulgar e contribuir para a
preservação do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina; dar a
conhecer os habitats que suportam uma elevada biodiversidade, tanto florística
como faunística; compreender a importância dos serviços dos ecossistemas
presentes neste Parque Natural e, de um modo particular, os associados aos
cursos de água.
Como todos os concursos, haverão prémios aliciantes para os
vencedores de cada categoria, que serão entregues no dia do Fórum Água Jovem
2019, a realizar-se a 22 de março, no Dia Mundial da Água, em Sagres. Todos os
participantes receberão um certificado de participação e lembranças alusivas ao
ambiente.