O Museu de Portimão apagou as velas do bolo do 11.º aniversário, no dia 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, numa tarde repleta de atividades, das quais se destacaram a habitual corrida fotográfica, a inauguração de duas novas exposições – «Da minha janela ainda vejo o Algarve?» de Filipe da Palma e «Reencontro» de Hein Semke, em parceria com o Museu Nacional do Azulejo – e a apresentação do Prémio Museu Portimão, que será atribuído em Sarajevo (Bósnia e Herzegovina), durante a cerimónia do EMYA 2019 – Prémio Museu Europeu do Ano, ao Museu mais Acolhedor da Europa.

Prémio que chegou a Portimão pelas mãos de nove musas gregas da Escola de Teatro da Bemposta, mas houve ainda um delicioso momento musical protagonizado pela Academia de Música de Portimão. “No Museu de Portimão temos uma visão local, regional, nacional e europeia. Uma das exposições que hoje inauguramos tem muito a ver com o nosso Algarve, a outra resulta do encontro de uma doação fantástica que foi feita à Câmara Municipal de Portimão e ao Museu Nacional do Azulejo”, indicou na ocasião o Diretor Científico José Gameiro, lembrando que o Museu de Portimão se transformou, em 2018, na casa do Fórum Europeu dos Museus, que todos os anos organiza o Prémio Museu Europeu do Ano.

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No uso da palavra, Isilda Gomes, Presidente da Câmara Municipal de Portimão, enfatizou que o Museu de Portimão é a «casa» de todos os portimonenses e esse facto tem contribuído, e muito, para o sucesso alcançado ao longo destes 11 anos de existência, durante os quais recebeu mais de 700 mil visitantes. “Em 2018 tivemos um acréscimo de 18 mil visitantes, o que é extraordinário, porque evidencia que este equipamento tem movimento, que não é um museu sem vida. E prova disso é que vai receber, no dia 23 de maio, no Palácio Fronteira, em Lisboa, uma Menção Honrosa na categoria de «Boas Práticas», no âmbito da candidatura aos Prémios SOS Azulejo, devido à recuperação dos azulejos do Jardim 1.º de Dezembro”, revelou a edil portimonense, de sorriso nos lábios.


Uma distinção que, nas palavras de Isilda Gomes, atesta bem a preocupação de todos os portimonenses com o seu património. E uma preocupação que se estende, igualmente, ao olhar atento de Filipe da Palma, fotógrafo oficial da autarquia e responsável pela exposição «Da minha janela ainda vejo o Algarve?». “O Município de Portimão tem ativos com imensa qualidade em todas as áreas e hoje o Filipe está aqui como convidado de honra a inaugurar uma extraordinária exposição. Quanto à mostra do Heim Senke, tem um tremendo valor, algo a que já nos habituamos, e é uma riqueza enorme para o Museu de Portimão”, enalteceu a edil. “Vale a pena acreditar e construir e viver coisas boas. Se não tivéssemos um excelente Museu, certamente que não teríamos aqui esta fantástica exposição e tenho que agradecer a oferta da Teresa Balté (viúva de Heim Senke) ao Museu de Portimão. Agora, é nossa obrigação conservá-la e dá-la a conhecer às pessoas, porque as obras de arte são para serem vistas e sentidas”, salientou.

Isilda Gomes não se cansou igualmente de frisar a reputação que o Museu de Portimão tem no contexto nacional e internacional, um equipamento que deve ser um motivo de orgulho para todos os portimonenses. “Esta cidade não é só sol e praia. Hoje, os nossos turistas procuram também cultura e esta infraestrutura é importantíssima nesse aspeto, portanto, também tenho que agradecer a todos os que trabalham nesta casa”, finalizou a Presidente da Câmara Municipal de Portimão, antes de se cantarem os parabéns pelos 11 anos de vida do Museu de Portimão.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina