A digressão nacional do Cine-Concerto de Miguel Gizzas passou pelo Auditório Municipal de Albufeira, no dia 10 de maio, e os espetadores que aceitaram o desafio de vivenciar uma experiência diferente, fora do normal, inovadora, deram por bem empregue o seu tempo. Diferente porque não se trata de um concerto de música tradicional, nem de um filme como estamos habituados a ver, mas sim um romance musical transportado para o palco com o auxílio do cinema de animação. E, na hora da verdade, os ingredientes para o sucesso estão todos lá.

Um disco muito bem conseguido, não um pop juvenil de derreter os corações das adolescentes, mas um pop maduro onde pontificam a voz de Miguel Gizzas, as guitarradas, os sons cativantes das teclas e uma bateria poderosa a imprimir o ritmo. Depois, um livro com um enredo bastante interessante, inspirado no terramoto de 1755, agora nos tempos modernos, com políticos corruptos, uma heroína com poderes sobrenaturais, uma dupla que se apaixona no aeroporto de Amesterdão, um pai e filho com uma relação conflituosa e muito mais, até um jovem aluno apaixonado pela sua professora. E foi precisamente pela música que o projeto começou de forma bastante simples, com um álbum de música que chegou ao terceiro lugar do top de vendas nacional, e as perguntas iam bater sempre na mesma tecla: como é que Miguel conseguia contar histórias tão cativantes nas suas canções? “Na altura perguntei ao Ricardo Carriço se ele, caso eu criasse uma história à volta das músicas, me encenava aquilo. Disse-me para escrever primeiro o livro que depois voltávamos a conversar”, recorda Miguel Gizzas.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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