Depois do grande sucesso que foi o som da guitarra
portuguesa nos Jardins Reais do Palácio Alcázar, em Sevilha, no dia 8 de julho,
e na cidade francesa de Roche-la-Molière, no âmbito do Protocolo de Geminação
com São Brás de Alportel, no dia 11 de julho, Ricardo J. Martins estará durante
a próxima semana em digressão pelo Algarve e Andaluzia. Assim, o são-brasense
atua, no dia 22, com a Grafonola Voadora & Napoleão Mira na Feira do Livro
de Tavira; no dia 23, com Juan Santamaria, em Almuñecár, Granada; nos dias 24 e 25, com Luís Trindade e
Cláudio Sousa, no Pátio do Centro Cultural de Lagos e na Sala Milwaukee, em
Puerto de Santa Maria, Cadiz, respetivamente; no dia 26, em Paymogo, Huelva, com a fadista Teresa Viola; e, no dia 27, a solo na Sala El
Pelícano, em Cadiz. Agosto arranca, logo no dia 1, com uma atuação com o fadista
César Matoso, em Ribeira de Pena, no distrito de Vila Real.
Licenciado em Multimédia e influenciado por vários géneros
musicais, Ricardo Martins encontrou na Guitarra Portuguesa a forma de exprimir
a profundidade dos seus sentimentos. Desde a primeira audição de temas de
Carlos Paredes que o som deste instrumento lhe mostrou o caminho musical a
seguir e, embora se dedique, maioritariamente, a acompanhar Fado, vê na
Guitarra Portuguesa inúmeras possibilidades enquanto instrumento solista, onde
aliás se tem destacado. Em 2018, Ricardo Martins ganhou o Prémio para Melhor
Música Instrumental» do International Portuguese Music Awards com «Corre, Corre
Corridinho».
Já este ano, para o mesmo prémio, está inscrito o tema «RICARDVS»,
realizado em conjunto com os guitarristas Ricardo Gordo e Ricardo Silva. O International
Portuguese Music Awards (IPMA) é organizado nos Estados Unidos com o objetivo
divulgar música - de qualquer género musical - que desde que tenha raízes
portuguesas.
Gravou em 2014 o seu primeiro disco de guitarra portuguesa
instrumental denominado «Ricardo J. Martins», que apresenta, por um lado,
adaptações de temas que estão fora do ambiente musical da guitarra portuguesa
e, por outro lado, versões de temas típicos deste instrumento, mas com arranjos
próprios. Deste disco destaca-se o tema original e single «Danças na Eira».
Sempre em busca de novos caminhos para o instrumento, compondo e
tocando - sem nunca esquecer as suas raízes - editou em 2017 o segundo disco,
intitulado «Cantos e Lamentos». Este trabalho conta com várias participações
especiais de diversos músicos e instrumentos, como é o caso da flauta de bisel,
acordeão, voz lírica e percussões, trazendo ao público vivências musicais
diferentes e dando ao álbum um cunho pessoal único que vai desde a música
tradicional portuguesa até à música clássica.