A história voltou a repetir-se na véspera do feriado que assinala o meio do mês mais quente do Verão algarvio, com a sexta edição do «Calçadas, a Arte sai À Rua» a «invadir», no dia 14 de agosto, as ruas e ruelas do Centro Histórico de São Brás de Alportel com muita cultura e animação. A partir das 20h, os milhares de residentes e visitantes foram surpreendido por criações artísticas, design, escultura, fotografia, momentos de música e dança, poesia e até contos de arrepiar, numa noite calorosa e magica em que se conseguiu sentir o pulsar do coração desta vila da Serra do Caldeirão. E, como é costume, não faltaram os petiscos, os produtos locais e o artesanato para quem quisesse levar para casa peças originais que transportam consigo as artes e saberes de outros tempos.

O vasto programa de animação integrou 14 momentos distintos, distribuídos por sete espaços diferentes. Os animados Al-Fanfarre iniciaram a sua atuação no Largo de São Sebastião, em jeito de boas-vindas ao Centro Histórico. O Palco do Adro da Igreja Matriz voltou a ser o ponto de encontro da dança, com atuações da Escola de Dança Municipal de São Brás de Alportel e da Companhia de Dança do Algarve. No alternativo espaço «À do Calçadas», no pátio do antigo Palácio Episcopal, ouviram-se «Rattle N Strum», Beatrice e DJ Solitaire, e no Palco da Praça Velha atuaram a fadista Argentina Freire, o grupo tradicional «Campaniças do Mira» e o humorista Jorge Serafim. Para o Palco Vila Adentro estiveram reservados outros momentos muito especiais, com o rock dos «Big Six», o blues/rock dos «The Wax Flamingos» e o reggae de «Quem é o Bob?», numa contagiante homenagem a Bob Marley.

Os mais pequenos tiveram na Biblioteca Municipal o seu recanto especial com duas sessões de contos com as «Trovadoras Itinerantes», para além de muitas pinturas faciais. E, para manter viva a tradição, ao bater das 12 badaladas foi altura de escutar, na Calçadinha, as «Histórias de Arrepiar» de Maria José Carocinho e Fernando Guerreiro. No Centro de Artes e Ofícios foi também possível visitar as exposições «Os Começos», de Jolita Yamuna, e «Subnigrum: Fronteira», de Ana Vieira Ribeiro, fruto de uma parceria estabelecida com o MUSEU ZERO. Mas, a par destas exposições, a arte tomou igualmente conta das residências particulares em mais um capítulo do concurso «A Janela mais Bonita».

À semelhança do que tinha acontecido na recente Feira da Serra, e na senda da luta pela redução da poluição causada pelo excessivo uso de plástico, a edição deste ano do Calçadas foi mais ecológica, pois não foram usados copos de plástico descartável. No final da noite, o evento promovido pela autarquia local, em parceria com a «Comissão Organizadora Calçadas», um grupo informal da comunidade são-brasense, saldou-se em mais um tremendo êxito, convidando miúdos e graúdos a desfrutar da arte nas calçadas do Centro Histórico de São Brás de Alportel.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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