A décima sexta edição da Feira Medieval de Silves aconteceu,
de 9 a 18 de agosto, no centro histórico da antiga capital do Reino do Algarve,
recordando Xilb e os Vikings e envolvendo milhares de visitantes no ambiente
político e bélico que se viveu no ano de 844, quando de Silves saiu em missão
diplomática um embaixador que de barco chegou ao território dos Majus (Vikings)
para negociar a paz com o rei dos normandos. Ao longo do evento assistiram-se a
jogos de guerra entre muçulmanos e vikings, ao espetáculo «A Viagem» no Castelo
de Silves, a manjares medievais e experiências memoráveis como a recriação de
diversos rituais vikings, com particular destaque para o ritual do casamento, os
sacrifícios humanos aos deuses, o ritual da águia de sangue e o ritual fúnebre.
Num ambiente e cenário únicos, constituídos pelo traçado
peculiar do tecido urbano e pela imponência dos monumentos de Silves, recuou-se
ao longínquo ano de 844, quando, vinda dos seus estaleiros de construção naval,
foi lançada ao rio da bela cidade de Xilb uma embarcação que ali foi construída
pelo mais ilustre dos mestres, com recurso a avançadas técnicas de marear. Conforme
sabido, os Majus (Vikings) não largavam a costa algarvia e em Córdova o emir
estava preocupado. Aliás, ainda há bem pouco tempo 80 potentes embarcações se tinham
aproximado da cidade de Lisboa e colocado em pânico as populações. Mais para
oriente, cidades como Sevilha e Cádis já tinham sido atacadas e saqueadas,
tendo a primeira permanecido sob o domínio normando por cerca de um mês, findo
o qual foi recuperada e os do Norte rechaçados.
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
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