Os Plasticine apresentaram recentemente o seu primeiro álbum no Auditório do Solar da Música Nova, em Loulé, num concerto realizado no âmbito do ciclo programático «Ilustres Desconhecidos» dinamizado pelo Cine-Teatro Louletano, que pretende valorizar e promover projetos musicais emergentes e/ou pouco conhecidos do grande público (oriundos ou não do Algarve). E os Plasticine inserem-se, que nem uma luva, nesse conceito, existindo há cerca de ano e meio, mas contando com a participação de diversos músicos algarvios de qualidade muito acima da média.

Com uma sonoridade que denota as várias influências dos seus intervenientes, no repertório encontram-se elementos de funk, soul, rock, afro-beat, entre outros estilos, que depois se combinam numa diversidade rítmica e harmónica com melodias que num instante contagiaram o público. Porque foi, sem dúvida, uma atuação que levou a assistência numa viagem por diferentes ambientes musicais, com dinâmicas bem marcadas, e conduzidas magistralmente pelos mentores do projeto, Pedro Barroso e João Faísca.

Ao vivo, a formação é vasta e, como o próprio nome indica, muito maleável e onde a rotatividade dos músicos é uma constante, tendo em conta as suas agitadas agendas profissionais. Mas, em palco, numa funciona na perfeição, em uníssono, ainda que cada integrante contribua com o seu cunho pessoal à interpretação dos temas. Não são raros, por isso, os improvisos, como facilmente se verificou em Loulé, com os músicos a «viajarem» por momentos para outras paragens e depois, com um simples trocar de olhares entre colegas, a regressarem à pauta. Já se percebeu, portanto, que os concertos dos Plasticine nunca são iguais, seja porque a sua formação vai variando, mas sobretudo por causa dos improvisos que acontecem de acordo com o estado de espírito de cada um naquela noite e consoante a reação do público ao que vai escutando.


Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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