A gestão das perdas de água constitui um fator essencial de sustentabilidade financeira e, sobretudo, ambiental dos sistemas de abastecimento de água, sendo considerado um dos principais indicadores de eficiência das entidades gestoras. As perdas, classificadas como água não faturada, dividem-se em reais (resultantes de fugas na rede, entre o armazenamento e o consumidor final, por deficiência ou ineficiência das infraestruturas de rede), ou aparentes (relacionadas com erros de medição relacionados com contadores e consumos não autorizados).

Atenta a esta problemática, a Inframoura adotou uma estratégia integrada de redução das perdas de água, aparentes e reais, num conjunto de projetos e iniciativas que visam a monitorização, conhecimento e controlo da rede, como sejam a implementação de Zonas de Monitorização e Controlo (ZMC) e a instalação de sistema de telemetria radio fixo. No final de 2018, a Inframoura apresentava um indicador de percentagem de água não faturada de 15, por cento, valor que baixou, em 2019, para os 11.3 por cento, constituindo um mínimo histórico atingido por esta empresa municipal do concelho de Loulé e que a coloca no lote de entidades gestoras que se destacam a nível nacional.

Tendo por base os últimos dados oficiais publicados, segundo o RASARP (Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal) em 2018, a média nacional para o volume de água não faturada para o país era de 40 por cento e para o Algarve de 28 por cento.