No dia 22 de janeiro, Dia de São Vicente, Vila do Bispo festejou o seu feriado municipal com o tradicional hastear da bandeira e toque do hino nacional pela Banda Filarmónica 1.° de Maio de Lagos, a que se seguiu a Sessão Solene da Assembleia Municipal de Vila do Bispo. Uma oportunidade para Adelino Soares falar dos principais objetivos para o corrente ano, mas também para elogiar “a maturidade política” que se vive atualmente no concelho. “Vila do Bispo, hoje, nada tem a ver, do ponto de vista da imagem, com o que era há 10 anos. Estamos muito melhores, bem mais atrativos e modernos, e isso deve-se ao esforço dos empresários, dos políticos e de todas as pessoas que se interessam por este concelho. Somos também uma referência nacional a nível do turismo de natureza, na sustentabilidade do território e das finanças locais, na transparência municipal e na modernização administrativa. Em suma, falamos de investimentos públicos e nas nossas pessoas bem conseguidos”, declarou em início de intervenção.


Resolver os problemas dos cidadãos foi a missão para a qual o executivo liderado por Adelino Soares foi eleito em 2017, com o edil vila-bispense a enumerar cinco objetivos principais para o corrente ano. “Vamos, sem dúvida nenhuma, pagar toda a dívida da Câmara Municipal, o culminar de uma aposta feita há uma década. E só não conseguimos saldar a nossa dívida no final de 2019 porque o Estado ainda nos deve um milhão e meio de euros. Com esse valor, que é nosso, da autarquia, teríamos superavit”, garante, considerando que essa concretização irá influenciar todas as políticas futuras da autarquia.

Obra extremamente pertinente para Vila do Bispo é «O Celeiro da História», resultante da reabilitação do edifício dos antigos Celeiros em Vila do Bispo. “O nosso concelho forneceu material para praticamente todos os museus de Portugal, é um território com uma história importante para a própria Humanidade, e faz todo o sentido possuir um espaço museológico que nos identifique a todos nós, mas que também nos promova, em termos culturais e turísticos”, defendeu Adelino Soares.


Continuar a investir na segurança e na sustentabilidade do território é outro dos propósitos para 2020, mas o autarca recordou as críticas de que a sua equipa foi alvo quando, no passado, despenderam dinheiros camarário nessa matéria. “Não é, de facto, uma competência das autarquias locais, mas hoje vemos muitos municípios a realizarem os mesmos investimentos que nós já efetuámos no passado. Porque a segurança é um fator primordial num concelho turístico como Vila do Bispo”, salientou, antes de falar da revisão do Plano Diretor Municipal. “Não nos podemos esquecer que há sete anos que estamos impedidos de construir no nosso território, fruto de um erro que foi a publicação de uma carta da Reserva Ecológica Nacional que nos tem prejudicado a nós, políticos, aos investidores e às pessoas que aqui vivem. Estamos agora a fazer a revisão da Reserva Ecológica Nacional e da Reserva Agrícola Nacional, a Avaliação Ambiental Estratégica e o Mapa de Ruído e vamos lançar em breve o procedimento da revisão do Plano Diretor Municipal”, revelou Adelino Soares. “O último documento, de primeira geração, data de 1995, levou estes anos todos até ser revisto, portanto, o que vamos agora decidir, do ponto de vista urbanístico, para o nosso concelho, será aquilo com que as pessoas terão que lidar nas próximas décadas”, avisou. 


A habitação foi o último item destacado por Adelino Soares na Sessão Solene da Assembleia Municipal, lembrando o esforço que foi exigido à população, em termos de impostos, para que a autarquia conseguisse adquirir vários terrenos para esse efeito. “Queremos desenvolver uma política de habitação como não se vê há várias décadas. Temos no concelho um forte investimento no campo do alojamento local, mas a primeira habitação é a nossa principal preocupação para este mandato, porque queremos fixar mais pessoas no concelho. E a nossa dedicação à causa pública será inabalável, mesmo que isso afete a tranquilidade política que vivemos atualmente. Uma maioria absoluta não tranquiliza, assim como trabalhar em minoria não me assusta. Temos grandes desafios pela frente neste grande território que somos e acredito que cumpriremos com lealdade as funções que nos foram confiadas”, finalizou Adelino Soares.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina