O VENTANIA - Festival de Artes Performativas do Barlavento é um projeto promovido pelo Teatro Experimental de Lagos, no âmbito do programa cultural «365 Algarve» e em parceria com os Municípios de Lagoa, Portimão, Lagos e Vila do Bispo e a Direção Regional de Cultura do Algarve. e, na sua segunda edição, propõe para Lagoa o ponto alto do Dia Mundial da Água, que se celebra a 22 de março.

A iniciativa começa no Mercado Municipal de Lagoa, no dia 21 de março, pelas 10h, com a ação de ecologia social «Tome e Embrulhe», de Thorsten Grütjen. Continua depois no dia 22 de março, às 16h, com «O Grande Embrulho», de Thorsten Grütjen & Gil Abrantes,  no Auditório do Forte de Nossa Senhora de Encarnação, em Carvoeiro, e culmina, às 18h, no Auditório Carlos do Carmo, em Lagoa, com a estreia da encomenda do festival, a Sinfonia n.7 de Jorge Salgueiro «Ritual de Evocação dos Elementos», obra para Orquestra Sinfónica & Coro Infantil do Agrupamento de Escolas Padre António Martins de Oliveira.

Para esta estreia foi criada a Ventania Orquestra, projeto único de cidadania e democracia, de formação sinfónica, com cordas, sopros e percussão, e com um convite público destinado a músicos profissionais e pré-profissionais, preferencialmente residentes no Algarve, que estarão em residência artística, de 19 a 22 de março, no Auditório Municipal de Lagoa Carlos do Carmo. As candidaturas para a segunda fase decorrem até 10 fevereiro 2020, mediante inscrição online, em https://forms.gle/zyKNkeqwiBkq5Mvh9. Em Lagoa, a Ventania Orquestra, produção d’O Corvo e a Raposa Associação Cultural, conta ainda com o apoio das Águas do Algarve, Agrupamento de Escolas ESPAMOL, Sociedade Filarmónica Silvense e Conservatório de Música de Loulé.

O festival Ventania promete surpreender o público com temáticas ligadas ao ambiente e à cidadania, num grito subtil de alerta ao desprendimento humano sobre aqueles e aquilo que nos rodeia: um território frágil como o Algarve, onde a emergência do turismo nos urge a mais eficientes respostas energéticas, à preservação do património natural e imaterial e ao combate à desertificação, procurando um equilíbrio nem sempre fácil. A escassez da água potável, os valores de preservação, de partilha e de cidadania, transversais à humanidade, estarão presentes numa leitura contemporânea doce e amarga, estética e poética, fazendo-nos sonhar e refletir ao mesmo tempo sobre o impacto humano na região, mas também no mundo.

Foto: Alex Gaspar