Os Mercados Municipais de Olhão assinalam, no dia 1 de maio,
o seu 104.º aniversário, sob o lema «produtos 100% frescos» e com a proteção do
Ambiente em primeiro plano. Assumindo o compromisso de despertar consciências
para o flagelo que são os resíduos de plástico no mar e dos malefícios que
provocam em toda a vida marinha, pretende-se, deste modo, provocar uma
alteração de hábitos no que diz respeito ao acondicionamento das compras
efetuadas neste espaço comercial de excelência de Olhão.
Assim sendo, este aniversário vai marcar o arranque de uma
campanha cujo objetivo é erradicar definitivamente os sacos de plástico no
acondicionamento dos produtos vendidos nos mercados. E porque a proteção do
Ambiente é uma responsabilidade de todos, serão distribuídos cerca de 15 mil sacos
de papel, a título gratuito, pelos operadores dos Mercados, para utilização nas
suas vendas, um importante investimento que aposta na diferenciação e na
consciencialização ambiental.
O saco de papel, funcional e de uso prolongado,
garante a qualidade do peixe, mariscos, moluscos, crustáceos, verduras, frutas e
outros produtos alimentares adquiridos frescos, mesmo no congelador. O lema «produtos
100% frescos» apela igualmente aos consumidores que prefiram a excelência dos
produtos comercializados nos mercados nas suas compras, valorizando os
produtos, vendedores e Mercados olhanenses.
Para além de um dos locais preferidos pelos olhanenses para
as suas compras, os Mercados Municipais são um dos ex-libris da cidade e do
concelho, estando intimamente ligados à sua história. Começaram a ser
construídos em 1912, sendo inaugurados quatro anos depois. Há mais de um século
que são um dos postais ilustrados de Olhão e local de visita obrigatória para
turistas e residentes.
Os Mercados Municipais de Olhão são exemplos modelares da
arquitetura do ferro e do vidro, com enorme impacto urbanístico, em tijolo
aparente e estrutura metálica. Submetidos a profundas obras de recuperação,
viriam a ser reabertos ao público em 3 de julho de 1998. No interior,
sobressaem as paredes revestidas com azulejos da autoria de Costa Pinheiro.