A Universidade do Algarve faz parte da candidatura «iHERITAGE ICT Mediterranean platform for UNESCO cultural heritage», na área da inovação e transferência de conhecimento, que tem por objetivo desenvolver tecnologias de realidade aumentada, realidade virtual e aplicações móveis que possibilitem a melhoria da experiência de visita ao patrimonial cultural reconhecido pela UNESCO. O projeto é encabeçado pela Regione Siciliana – Assessorato del Turismo, dello Sport e dello Spettacolo, sendo que as ações a levar a cabo pela Academia algarvia terão como elemento patrimonial a Dieta Mediterrânica, numa equipa que integra investigadores de três dos seus centros de investigação: Alexandra Rodrigues Gonçalves, docente da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo (ESGHT) e investigadora do Centro de Investigação em Turismo, Sustentabilidade e Bem-Estar (CinTurs); Mauro Figueiredo, docente do Instituto Superior de Engenharia (ISE) e investigador do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA); Mirian Tavares, docente da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS) e investigadora do Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC); e Bruno Silva, docente da Escola Superior de Educação e Comunicação (ESEC) e também investigador do CIAC.

Em conversa com o Algarve Informativo, a líder de equipa, Alexandra Rodrigues Gonçalves, confirma o papel preponderante que a Universidade do Algarve irá ter numa das dimensões desta candidatura que pretende, “criar propostas que possam tornar o Mediterrâneo num espaço onde seja mais sustentável viver”. “Não só que as comunidades possam conhecer e preservar melhor os seus recursos, mas também que quem nos visita tenha práticas que promovam esse respeito pelo ambiente e pelos recursos culturais e patrimoniais, usufruindo deles de uma forma que nos permita legá-los às gerações futuras”, explica a docente.

É esse desenvolvimento sustentado do turismo, associado ao património, que está na base da candidatura do i-Heritage ao programa ENI CBC MEDITERRANEAN SEA BASIN PROGRAMME 2014-2020, que tem financiamento europeu aprovado de 3 milhões, 486 mil e 858,35 euros. A outra componente associada ao projeto passa pelo desenvolvimento tecnológico de soluções que vão ao encontro das novas tendências de consumo. “É uma relação entre ambiente e património cultural e novas tecnologias, com vista a um turismo mais sustentado para o futuro. Temos hoje bem presentes as dificuldades criadas pelo facto de não podermos viajar, das fronteiras estarem fechadas, e esta será uma forma nova de se conhecer o nosso património, embora nunca possa substituir a visita presencial”, refere a entrevistada. 

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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