Em 2020, o Festival do Contrabando, evento que tanto dignifica e valoriza o concelho de Alcoutim, é impossível de realizar-se nos mesmos moldes que nos anos anteriores. Após o cancelamento no passado mês de março, a autarquia adaptou-se aos tempos atuais e, num formato diferente, apresenta a marca «Contrabando» e a sua impressão artística o «Tráfico de Artes no Guadiana», com atividades programadas entre 10 e 15 de novembro e transmissão online.

Este ano não vai haver ponte flutuante no Rio Guadiana, nem mercado nas ruas das duas vilas, não existirá o frenesim musical e teatral que já caracterizam e fazem com que o Festival do Contrabando seja reconhecido como um evento importante e âncora para a região. Este conceito vai ficar guardado para 2021 e vai-se agora potenciar a assinatura do evento, um dos objetivos estratégicos do formato, e a base da sua criação, o Tráfico de Artes no Guadiana. “Para quem vive e valoriza este conceito, reconhece que o contrabando deve identificar um território durante os 365 dias do calendário, e não somente em três dias do ano”, explica a autarquia.

Desta forma, e fazendo justiça ao programa «365 Algarve» e ao Tráfico de Artes no Guadiana, nesta quarta edição vai-se dar lugar a um espaço de criatividade, expressão e criação artísticas, com a execução de obras de arte de artistas locais, nacionais e internacionais, que deixarão na paisagem a sua marca, em consonância e sintonia com o território e com os temas do festival, de forma a que o visitante possa desfrutar das suas obras o ano inteiro, e no decorrer das datas programadas, será possível acompanhar no Facebook do evento as ações calendarizadas. Assumindo que a identidade de um território deve ser valorizada, foi criado um programa simples, mas especial, artisticamente rico e diversificado, com a criação e interpretação de artistas de arte pública convidados, com acesso presencial e participativo para alguns, em especial para as comunidades de Alcoutim e Sanlúcar de Guadiana, e aberto a todos, em formato digital.