A Universidade do Algarve integra o projeto «SuSTowns - enhancing SUStainable tourism attraction in small fascinating med TOWNS», desenvolvido na Eslovénia, Grécia, Albânia, Itália, Espanha, Croácia e Portugal, com o objetivo de participar na definição de programas e políticas que promovam um turismo sustentável e de qualidade, preservando as tradições locais e o património cultural. Com este projeto pretende-se ainda intervir na definição dos fluxos turísticos desejados, garantindo que as cidades mantêm os mais altos fluxos, mas evitando, ao mesmo tempo, qualquer risco de alteração dos seus frágeis ecossistemas. Os resultados irão constituir ferramentas de gestão e planeamento do Turismo no Mediterrâneo que promovam certos destinos turísticos e, simultaneamente, evitem o seu declínio, preservando as tradições locais e o património cultural. E a Universidade do Algarve escolheu Lagos como cidade-piloto para o projeto devido ao ser potencial turístico muito elevado, mas que, se não for devidamente planeado, poderá correr o risco de colapso dos serviços oferecidos pela antropização excessiva.


A equipa da Universidade do Algarve integra investigadores de dois centros de investigação e é liderada por Adão Flores, professor da Faculdade de Economia e membro do Centro de Investigação em Turismo, Sustentabilidade e Bem-Estar (CinTurs), contando ainda com a participação de outros investigadores do CinTurs, casos de Elsa Pereira, da Escola Superior de Educação e Comunicação, Joaquim Contreiras e Paula Serdeira Azevedo, da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo, Jorge Andráz, da Faculdade de Economia, e Manuela Rosa, do Instituto Superior de Engenharia. Um coletivo de especialistas de peso reunido com a consciência de que a sustentabilidade é fundamental nos dias que correm, mas também com a noção de que, apesar de fazer parte do discurso dos decisores políticos, tem sido um pouco desvalorizada. “Quando se fala muito e se faz pouco, as coisas perdem significado e simbolismo, contudo, a sustentabilidade é, atualmente, um imperativo em todas as áreas das sociedades modernas. Estamos num ponto em que temos que olhar a sério para o impacto das alterações climáticas e do excesso de consumismo, entre outras questões”, alerta Adão Flores, à conversa no polo de Portimão da Universidade do Algarve.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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