De visita a Alcoutim no dia 15 de novembro, Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, declarou que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve está a trabalhar num plano de contingência para ser aplicado no curto prazo e que se somará a todas as iniciativas governamentais de apoio à atividade económica para fazer face à crise provocada pela covid-19. Na ocasião, a governante referiu, igualmente, que o maior problema de Portugal, neste momento, não é a falta de recursos financeiros, mas sim a necessidade de alocá-los em projetos estratégicos e estruturantes que permitam que, daqui a 10 anos, o Algarve e Portugal sejam mais desenvolvidos e que as pessoas tenham melhor qualidade de vida, enfim, que os nossos filhos tenham um futuro mais auspicioso e brilhante.


No dia seguinte, à conversa na sede da CCDR Algarve, em Faro, o novo presidente do organismo, José Apolinário, relembrou que foi aprovada, no dia 11 de setembro, pelo Conselho Regional do Algarve, a Estratégia de Desenvolvimento Regional ALGARVE 2030, “um exercício pioneiro porque conjuga numa única estratégia os níveis NUT2 e NUT3, revelando a excelência da articulação entre os níveis regional e local da Administração, garantindo o respeito pelo princípio da subsidiariedade e permitindo que se faça a nível local aquilo que ali deve ser feito”, considerou, na altura, a Ministra da Coesão Territorial, que tutela o funcionamento das CCDR’s. “Vamos enquadrar, não só os 320 milhões de euros que resultariam do modelo normal de aplicação dos fundos comunitários, mas também os 300 milhões de euros suplementares negociados em Bruxelas, no fecho do quadro financeiro. Estamos a preparar o modo como estes 620 milhões de euros devem ser impulsionados, com a noção de que devem ser mais vocacionados para a diversificação da base económica do Algarve, para apoiar outras atividades para além do turismo, como sejam a agroindústria, a transformação dos produtos endógenos, a aquicultura, a alimentação do futuro, o aproveitamento das energias renováveis e da capacidade técnica para as trabalhar, a reparação naval, mas também a inovação e a medicina, maximizando o extraordinário estímulo que nos é dado pelo ABC – Algarve Biomedical Center e pala Universidade do Algarve”, referiu José Apolinário.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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