O executivo municipal lacobrigense aprovou, no dia 6 de janeiro, por unanimidade, em Reunião de Câmara, um voto de pesar em memória de João Cutileiro, artista que deixou a sua marca inconfundível no espaço público da cidade de Lagos. O escultor foi lembrado como uma
“figura marcante do panorama artístico português (…) que viveu na nossa cidade nas décadas de 70 e 80, sendo que o seu contributo para a arte pública ainda hoje dignifica e engrandece Lagos”. “Quem se passeia pelas nossas ruas não fica indiferente à irreverência de obras como a «Vénus Deitada», na Rua Portas de Portugal, ou o Tríptico alusivo a Alcácer Quibir e «Lagos e o Mar», localizados no Jardim da Constituição. Mas é a incontornável estátua d’El Rei D. Sebastião situada na Praça Gil Eanes que marca fortemente a presença deste artista no nosso concelho, verdadeiro símbolo de Lagos que desafiou o Estado Novo e os convencionalismos da escultura em Portugal”, referem os responsáveis autárquicos.


João Cutileiro faleceu no dia 5 de janeiro, na sequência de problemas respiratórios, mas deixa a sua obra: irreverente, poderosa e eterna. Uma obra que - segundo informou Hugo Pereira, presidente da autarquia - será pretexto de um conjunto de iniciativas de âmbito cultural a promover pelo Município no decurso do corrente ano.