Disputa-se, a 27 de fevereiro, a segunda meia-final da edição de 2021 do Festival da Canção, na qual a farense Ana Tereza vai interpretar «Com um Abraço», com música de Tó Viegas e Viviane e letra de Viviane.
“Conheço a Ana Tereza há alguns anos e sei que ela tem uma grande paixão pela música e que tem tentado traçar o seu caminho artístico sem ter participado em nenhum concurso televisivo. Agarrou este desafio com grande entusiasmo e tem estado muito empenhada em dar o seu melhor para levar esta canção à final do Festival”, explica Viviane a sua escolha.

Apesar de relativamente desconhecida do grande púbico, Ana Tereza já anda na música há muitos anos, tendo começado a sua carreira artística enquanto residia em Guimarães, onde fazia parte de grupos corais e participou em diversos concursos de talento do norte do país. “Tinha uma banda de garagem e atuávamos nas festas da terra e estive também em alguns musicais”, conta a jovem cantora. De regresso ao Algarve, em 2014, formou uma nova banda de garagem, na Associação Recreativa e Cultural dos Músicos e foi lá que se cruzou com Sónia Cabrita, baterista da banda «Gaijas», na qual ingressou com imenso entusiasmo. Em paralelo, teve outros projetos, mais de covers do que de temas originais, e durante três anos viveu exclusivamente da música, até a pandemia a ter forçado a procurar outras fontes de rendimento.

O gostinho pela música vem desde criança e, embora não existam cantores na família, a mãe é escritora e o pai é pintor, portanto, a arte e a cultura faziam parte do seu quotidiano. “Cresci a ouvir muita música, comecei cedo a cantarolar, mesmo sem saber as palavras. Soube logo que era isto que queria fazer e sempre tentei escolher os melhores caminhos para chegar onde estou hoje”, afirma Ana Tereza, que se assume como perfeita autodidata, uma vez que não teve qualquer formação formal em música. “Os meus pais queriam o melhor para mim e, de um lugar de amor, acharam que eu devia ter uma formação académica «normal». Por isso, tirei Psicologia e o que sei de música aprendi sozinha e com a experiência”, explica.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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