A Guarda Nacional Republicana iniciou, no dia 22 de fevereiro, a fase de monitorização e sensibilização da Campanha Floresta Segura 2021, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), da Unidade de Emergência, de Proteção e Socorro (UEPS) e dos Comandos Territoriais, para prevenir comportamentos de risco com a finalidade de garantir a segurança das populações e do seu património e salvaguardar o tecido florestal nacional. Esta fase, que decorrerá previsivelmente até 31 de março, pretende sensibilizar a população em geral, sobretudo as autarquias, agricultores, caçadores, produtores florestais e a comunidade escolar, para o cumprimento das faixas de gestão de combustível em terrenos confinantes com edificações e junto à rede viária e sobre o uso do fogo.

Em 2020, a GNR, em coordenação com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), realizou 4 mil e 179 ações de sensibilização, que alertaram presencialmente cerca de 60 mil pessoas para a importância dos procedimentos preventivos a adotar, nomeadamente sobre o uso do fogo em queimas e queimadas, a limpeza e remoção de matos, a manutenção das faixas de gestão de combustível e a adoção de medidas de proteção dos aglomerados e de autoproteção. Para tal, destaca-se a realização de cerca de 53 mil e 500 patrulhas, que percorreram mais de 3,5 milhões de quilómetros.

Após a fase de sensibilização, irá seguir-se a fase de fiscalização, sendo que, no ano passado, a GNR sinalizou, numa primeira fase, mais de 24 mil situações de incumprimento da gestão de combustível, das quais 14 mil registadas em freguesias prioritárias. Numa segunda fase, por se encontrarem ainda situações de incumprimento, foram elaborados 6 mil e 257 autos de contraordenação no âmbito do Decreto-lei n.º 124/2006, de 20 de junho. No que diz respeito aos incêndios rurais, a GNR registou 4 mil e 892 crimes de incêndio florestal, tendo resultado na detenção de 51 pessoas e na identificação de outras 379, realçando-se que cerca de 23 por cento das ocorrências tiveram origem na realização de queimas e queimadas.