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Cláudia Guedelha, vereadora da Câmara Municipal de Albufeira |
O primeiro projeto apresentado foi o futuro Canil Municipal de Albufeira, com a valência de Centro de Recolha Oficial, uma empreitada no valor de 709 mil euros que deverá arrancar em abril e com um prazo de execução de 180 dias. “A pesquisa foi intensa, o diálogo com os atores que intervêm nesta matéria foi constante, na procura das melhores soluções com vista à saúde, bem-estar e segurança dos animais, e também dos responsáveis pelo seu maneio e tratamento”, assumiu o arquiteto Pedro Castro. O equipamento ficará localizado junto ao Estaleiro Municipal e nas imediações do já existente Centro de Bem-Estar Animal, edifício que foi a alavanca de todo o processo e que foi um dos projetos vencedores da edição de 2015 do Orçamento Participativo de Albufeira.
O Canil Municipal de Albufeira será constituído por cinco módulos, em que o Módulo 0 coincide com o Centro de Bem-Estar Animal e será destinado ao atendimento ao público, receção, gatil, vestiário de staff, Gabinete de Coordenação e sala de staff. No Módulo A vão estar o Gabinete Clínico, instalações sanitárias, salas técnicas e uma sala multiusos para ações de promoção de adoção e de sensibilização contra os maus-tratos animais, bem como para a realização de debates e workshops. No Módulo B existirão 26 celas para alojamento com capacidade para 65 cães, uma cela para maternidade ou isolamento, três celas de quarentena localizadas para permitirem a recolha e acolhimento permanente com acesso condicionado e zonas técnicas. O Módulo C será constituído por 22 celas para alojamento com capacidade máxima para 55 cães, uma cela para maternidade/isolamento e zonas técnicas de apoio à atividade. Finalmente, o Módulo D será composto por duas celas semicirculares para alojamento e quarentena de animais com suspeita de raiva, isoladas e distanciadas de outros animais. “Os objetivos principais são a recolha e o alojamento condigno dos animais, sempre a pensar no seu bem-estar; fazer face ao crescente número de cães abandonados e errantes; prosseguir a estratégia iniciada pelo Centro de Bem-Estar Animal; promover ações de esterilização e posterior adoção dos cães; e garantir o acompanhamento veterinário e alimentação apropriada”, descreveu Pedro Castro.
O Parque Canino, orçado em quase 188 mil euros e com prazo de execução de 75 dias, deverá começar a ser criado também já em abril, constituindo mais um desafio abraçado pelo executivo camarário liderado por José Carlos Rolo. “É uma experiência nova, mas pensamos que terá continuidade, inserida em futuros espaços verdes do concelho, sendo que o primeiro ficará junto ao Centro de Bem-Estar Animal. Consideramos de extrema importância o exercício dos animais, como forma de gerir a sua própria agressividade, mas também a socialização entre eles. Em simultâneo, vamos aproximar as pessoas do Centro de Bem-Estar Animal, para motivar a adoção responsável dos animais”, indicou Cláudia Guedelha.
O Parque Canino será um local próprio para a permanência e circulação de cães, com equipamentos para que se divirtam e se distraiam do ambiente urbano e ali gozem de maior liberdade e gastem as suas energias, com o intuito de não desenvolverem comportamentos agressivos e destrutivos que estão normalmente associados à falta de exercício e à ausência de relacionamento, brincadeira e convívio entre cães e entre cães e pessoas. “A frente do Parque é um espaço aberto, convidativo à sua entrada e exploração e oferecendo imediatamente zonas de estadia. O parque canino propriamente dito é cercado na sua totalidade e dividido em duas áreas – uma para cães de maior porte e outra para cães de menor porte – para evitar incompatibilidades entre animais”, esclareceu o arquiteto Ricardo Nascimento, acrescentando que existirão diferentes equipamentos de diversão, mobiliário de sinalização com as regras de conduta e segurança, papeleiras com dispensadores de sacos com vista à higienização do espaço, postes para se prender os animais e bebedouros para pessoas e animais.
O Parque Canino será um local próprio para a permanência e circulação de cães, com equipamentos para que se divirtam e se distraiam do ambiente urbano e ali gozem de maior liberdade e gastem as suas energias, com o intuito de não desenvolverem comportamentos agressivos e destrutivos que estão normalmente associados à falta de exercício e à ausência de relacionamento, brincadeira e convívio entre cães e entre cães e pessoas. “A frente do Parque é um espaço aberto, convidativo à sua entrada e exploração e oferecendo imediatamente zonas de estadia. O parque canino propriamente dito é cercado na sua totalidade e dividido em duas áreas – uma para cães de maior porte e outra para cães de menor porte – para evitar incompatibilidades entre animais”, esclareceu o arquiteto Ricardo Nascimento, acrescentando que existirão diferentes equipamentos de diversão, mobiliário de sinalização com as regras de conduta e segurança, papeleiras com dispensadores de sacos com vista à higienização do espaço, postes para se prender os animais e bebedouros para pessoas e animais.
Como o bem-estar animal deve ser pensado não apenas para quando eles estão vivos, mas também para quando deixam de estar entre nós, o executivo municipal decidiu avançar igualmente para a construção de um cemitério para animais, investimento que chega praticamente aos 300 mil euros. A empreitada começa em agosto, com um prazo de execução de 100 dias, e pretende ser “um espaço digno onde as famílias e as pessoas possam deixar os seus animais, de quem tanto cuidaram ao longo de uma vida, e que merecem todo o nosso respeito”, destacou a vereadora Cláudia Guedelha. Vai situar-se a norte do existente Cemitério de Albufeira e o objetivo é que se torne num “espaço simbólico, de culto e de memória que promova a tranquilidade e a reflexão individual”, apontou Ricardo Nascimento. “O projeto vai incluir melhorias no ordenamento do espaço e deverá criar uma nova unidade urbana capaz de gerar coesão no espaço público, acessos pedonais e viários, promovendo a acessibilidade com a criação de percursos pedonais confortáveis”, salientou o arquiteto municipal. O Cemitério para Animais de Albufeira prevê igualmente formas diferenciadas de sepultamento, nomeadamente o convencional (por enterro), em jazigo ou columbários (pequenas torres com 16 nichos onde serão depositadas as urnas contendo as cinzas dos animais).
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José Carlos Rolo, presidente da Câmara Municipal de Albufeira |
Considerada de enorme importância é também a viatura de emergência médico-veterinária, seja para recolha de animais errantes, seja para responder a acidentes que acontecem na via pública. Para tal foi adquirida uma viatura por 51 mil euros e a sua adaptação aos novos fins está orçada em 43 mil euros. “A Viatura de Socorro Animal será polivalente e vai resolver várias lacunas do serviço veterinário municipal”, declarou Cristina Simões. “Pretendemos garantir o transporte de animais em grande número e em segurança, sempre que tal for necessário, mas também vamos poder prestar assistência básica de vida no local, porque a viatura vai estar dotada de uma componente técnica. Importantíssimo também é a prestação de cuidados de saúde em situações de calamidade como sismos, incêndios ou inundações, para fazermos triagem e darmos os primeiros cuidados de socorro a animais acidentados ou feridos”, enalteceu a Médica Veterinária Municipal.
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Paulo Freitas, presidente da Assembleia Municipal de Albufeira |
Os quatro projetos mereceram o aval e total confiança de José Carlos Rolo, sobretudo por estarem inseridos numa estratégia global com vista à promoção do bem-estar animal, mas o edil albufeirense lembrou que também é fundamental que as pessoas saibam «ter» animais de estimação, nomeadamente no que toca às questões de higiene nos espaços públicos. E com um sentimento de agrado ficou igualmente Paulo Freitas, presidente da Assembleia Municipal de Albufeira, por serem equipamentos que privilegiam o bem-estar animal, mas também a sensibilização e educação do ser humano. “Vemos cães sem açaimo ou trela na via pública, cães nas praias durante a época balnear, quando isso não é permitido. As pessoas têm os seus direitos, mas também têm a responsabilidade de respeitar os direitos dos outros. Nestes projetos, o bem-estar está presente, não só na necessidade dos equipamentos e do tratamento dos animais, mas também na forma como tudo se enquadra num todo”.
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina