A Assembleia Geral da Águas do Algarve elegeu, no dia 15 de março, a nova Administração da Sociedade, para o mandato 2021-2023, sendo que o Conselho de Administração passa a ser presidido por António Eusébio, com Isabel Soares a manter-se no cargo de Vice-Presidente. Hugo Nunes é o Vogal Executivo, com Ana Paula Martins e José Carlos Rolo a serem vogais não executivos. E foi poucos dias depois do périplo realizado pelo Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, pelo Algarve para acompanhar a inauguração de diversas infraestruturas da empresa que estivemos à conversa com António Eusébio. O objetivo, fazer o balanço de um ciclo de investimento que viu terminar mais um capítulo, mas não a sua jornada, porque esta é uma caminhada que nunca está concluída.


Depois da situação preocupante que se verificou em 2020, com os níveis das Barragens de Odeleite/Beliche e Odelouca a atingirem valores alarmantes, bastou vários dias de chuva no início do ano para que os algarvios ficassem mais descansados, mas a verdade é que o problema da escassez da água veio para ficar, assume António Eusébio. “Devido à chuva que tivemos, Odelouca está nos seus 72, 73 por cento de capacidade e Odeleite/Beliche está acima dos 60 por cento, e isso dá-nos algum descanso para os próximos dois anos. Mas também em 2018 tínhamos Odeleite/Beliche a 99 por cento, seguiu-se um ano e meio de seca extrema e, antes do Verão de 2020, atingimos um ponto bastante crítico. Por isso, este é o momento de se fazer os investimentos de que o Algarve necessita”, acredita o presidente da «Águas do Algarve». “No passado já sentimos este mesmo problema, na altura nem havia a Barragem de Odelouca, e alguns projetos ficaram a meio, uma situação que não se deve repetir. Temos um Plano de Eficiência Hídrica praticamente fechado, temos um Plano de Recuperação e Resiliência com financiamento europeu que o governo português direcionou para estas áreas, e não podemos deixar passar a única oportunidade que temos para voltar a dar mais robustez ao Algarve e mais resiliência a este sistema multimunicipal de abastecimento e saneamento de água. Assim garantiremos o futuro de uma região que, para além dos seus 420, 430 mil habitantes, é uma referência nacional, europeia e mundial em termos de turismo”, frisa António Eusébio.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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