As galerias municipais de arte de Albufeira abriram ao público no dia 5 de abril, seguindo as devidas recomendações da Direção-Geral de Saúde, podendo ser visitadas de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30, encerrando aos sábados, domingos e feriados.

A exposição de fotografia e desenho «From Above» resulta de uma proposta feita pelo Município de Albufeira para o Plano Cultural de Escola do Agrupamento, que foi bem aceite e desenvolvido pelas professoras Carla Rajão, de Desenho, e Fernanda Lamy, de Português, com os seus alunos das turmas 10.º B, H e I, numa articulação com as aprendizagens essenciais. O desafio foi complexo: “Albufeira, Ferreiras, Paderne, Guia vistas de cima: sótãos, terraços e varandas, telhados, do alto de uma falésia ou de um miradouro – que imagens, perspetivas, ângulos e pontos de vista?”. Já na disciplina de Português, a inspiração veio do capítulo XI da «Crónica de D. João I», onde lê: "As gentes que esto ouviam, saíam aa rua veer que cousa era; [...] e era tanta que era estranha cousa de veer. Nom cabiam pelas ruas principaes, e atrevessavom logares escusos, [...]”. Ou seja, perspetivas diferentes para as mesmas realidades.

Os trabalhos estão expostos na Galeria Municipal João Bailote desde o dia 5 de abril, mas a inauguração acontece em formato online, no dia 7, às 14h30, com a participação de alunos, professores e entidades envolvidas. A exposição integra o PNA – Plano Nacional das Artes.

Na Galeria de Arte Pintor Samora Barros, a exposição «Minhas raízes» é uma retrospetiva sobre “memórias, raízes, relação com a cultura local, trabalhos no campo, natureza, animais e viagens pelo Alentejo”, do artista plástico Vítor Pisco, com técnicas como o acrílico, o óleo e técnica mista. Segundo Vítor Prisco, as suas “inspirações vêm das memórias do Alentejo de outrora e algumas do presente”. “Nas telas podem-se ver ceifeiras, pastores, mondadeiras, aguadeiras, carreiros, e aves como perdizes, coelhos, lebres, abetardas e sisões entre outros animais autóctones”, descreve o artista, que começou a desenhar e pintar em criança à lareira. Depois, na escola primária, nos intervalos ficava na sala de aula a desenhar e é só em adulto que toma contacto com as primeiras técnicas de pintura a óleo, nomeadamente com o pintor impressionista Camol D'Évora.

Deste modo, iniciou-se a sua fase de pintura em acrílico e técnica mista. Vítor Pisco adota um estilo livre, sem regras, embora sejam visíveis as influências de pintores como Picasso, Salvador Dali, Van Gogh, Marc Chagall e Kandinsky, marcando o seu percurso por estéticas diversas, como o expressionismo, neoexpressionismo, abstracionismo e expressionismo figurativo. Para ver até 27 de abril.