No dia 30 de abril, o Cineteatro Louletano acolhe a estreia absoluta do «CAL Jazz Collective», um coletivo de jazz profissional, composto por músicos algarvios e residentes no Algarve, liderado por Marco Martins e que terá, nesta data, como convidado especial Zé Eduardo, um dos grandes mestres do Jazz Português.


O CAL (Central Algarve) Jazz Collective é um projeto assinado pela Mákina de Cena/MdC Jazz com vista a estimular a criação de conteúdos jazzísticos no Algarve e a agregar músicos de vários pontos da região, numa formação inédita. Contando com Marco Martins (direção artística e baixo), Sara Badalo (voz), Leon Baldesberger (trompete), Luís Domingos Miguel (saxofone), Alexandre Dahmen (piano) e Maximiliano Llanos (bateria), músicos com percursos estabelecidos nacional e internacionalmente, o CAL Jazz Collective reflete na sua música a maturidade e cruzamento de linguagens de cada um dos seus membros, valorizando a composição e criação de temas originais, bem como a reinterpretação e arranjo de jazz standards. E, no âmbito das comemorações oficiais do 10.º Dia Internacional do Jazz, a 30 de abril, o projeto apresenta-se então, em estreia absoluta, no Cineteatro Louletano, em Loulé, combinando tradição e contemporaneidade ao melhor ritmo jazzístico, num momento inesquecível para os amantes deste género musical.

No espírito das jam sessions, o Clube de Leitura Teatral de abril tem uma proposta diferente, os ensaios de mesa. Assim sendo, vai fazer-se um laboratório de experimentação em torno do texto «Tentativas para matar o amor», de Marta Figueiredo (Grande Prémio de Teatro SPA/ Teatro Aberto 2015). Porque, nos inícios das criações, a improvisação, a auscultação e a abertura à visão dos outros são fundamentais, vai-se ler o texto com Carolina Santos, Susana Nunes e Pedro Filipe Mendes – parte da equipa artística da próxima produção teatral da Mákina de Cena / MdC Teatro, podendo os participantes contribuir com os seus comentários e com a expressão da sua voz.

Uma das características mais entusiasmantes das artes performativas é a partilha e a comunhão de saberes com colegas de ofício. “Sair da nossa zona de conforto e colaborar com outros artistas é absolutamente fundamental para o crescimento artístico e humano”, consideram os elementos da Mákina de Cena, que participam, pontualmente, em projetos de outros criadores, como é o caso deste «Coro dos Defuntos», uma peça de Ricardo Correia (Coimbra), intensa e breve, escrita antes da pandemia, a que Carolina Santos (MdC Teatro) emprestou a sua voz. Acontece, no dia 23 de abril, às 18h45, no facebook da Casa da Esquina e do Convento São Francisco.

A segunda edição do Re-Fluxos – Ciclo de Performances e Instalações, uma produção da ArQuente (Faro), conta com a participação da Mákina de Cena, com «20:20 Psicose», uma performance em vídeo, criada e interpretada por Carolina Santos, e realizada por João Catarino, aquando do primeiro confinamento, em abril de 2020, e em resposta ao desafio do Cineteatro Louletano. Inspirada em «4:48 Psychosis» de Sarah Kane, esta é uma performance densa, fragmentada, psicótica, que espelha e desconstrói o assombro coletivo provocado pela pandemia de covid-19. Por isso, nos dias 24 e 25 de abril, há que estar atento às redes sociais da Ar Quente.

As Oficinas de Jazz e Música Improvisada, orientadas por Marco Martins, que mantiveram a sua atividade durante todo o confinamento, em formato online, regressam agora ao formato presencial. E está a decorrer o desafio de escrita «Slash Forward», em torno do mote “o que diria ao seu eu de amanhã?”.