Está patente, até 29 de maio, na Galeria de Arte da Praça do Mar, em Quarteira, «From Fan to Fam» de Nuno Viegas, exposição que apresenta fragmentos da história do início da carreira deste artista visual quarteirense que tem vindo a dar passos largos no panorama da arte urbana internacional e que é um dos autores do Mural «À Moda Quarteirense», inaugurado em 2020.


Apesar de ter nascido, em Faro, em 1985, foi em Quarteira que se fez moço e homem e onde começou a libertar o seu lado criativo, em 1999, através do graffiti. No decorrer dos anos participou em diversos coletivos, como SPC, SBC, DSC, AK, SM e SRK, mas foi na Policromia Crew, que fundou com Élsio Menau, que passou a dar mais nas vistas, com produções em grupo cada vez mais conceptualizadas e elaboradas. Mas, em termos académicos, o seu percurso foi feito na área da informática. “Na época a informática já era uma profissão com futuro e eu queria ter uma carreira de sucesso, próspera e sustentável. Só que, ao fim da quarta matrícula na Universidade do Algarve, só tinha três cadeiras e meia feitas, percebi que aquilo não estava a funcionar para mim. A minha cabeça não encaixava com aquele mapa”, recorda.

Depois de desistir do curso de Engenharia Informática, ingressou em Artes Visuais, também na Universidade do Algarve e, após concluir o Mestrado em Comunicação, Cultura e Artes, Nuno Viegas partiu, no final de 2014, numa aventura rumo a Roterdão, nos Países Baixos. “Depois de abandonar a ideia da informática fiz uma pausa nos estudos, voltei a pintar e deu-se o clique. Nessa altura já não estava preocupado em ter uma profissão com rendimento seguro. Mas, enquanto artista, nunca me concentrei no graffiti. Nos meus estudos em Artes Visuais trabalhei mais com a fotografia, vídeo e instalação, não pintava nem desenhava”, conta Nuno Viegas.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

Leia a entrevista completa em:
https://issuu.com/danielpina1975/docs/algarve_informativo__286