A natureza criou uma nova arma mortífera que o homem aprendeu a manipular, disseminando-a pelo mundo, cumprindo determinações de organizações ocultas. Ana Albuquerque é uma radical ambientalista portuguesa, conhecida pelas suas propostas para a redução da população humana em defesa da sustentabilidade do planeta. Mark Duffy é um reputado economista britânico que ambiciona ser Ministro das Finanças do Reino Unido, contando com o apoio de grandes magnatas na defesa da necessidade de diminuição da população economicamente inútil. Ambra Zena é uma veneziana que se viu obrigada a abandonar a cidade natal pela elevada pressão do turismo de massas, liderando agora um movimento que pretende travar o turismo de cruzeiros. Quadro médio numa gigante tecnológica, Yudi Miyamoto advoga a diminuição da faixa populacional mais envelhecida, adversa às novas tecnologias e que limita o desenvolvimento tecnológico e social.


Ao todo, são 13 personagens principais que se cruzam em 50 cidades de 25 países, espalhando um vírus letal e produzindo a vacina salvadora, em permanentes jogos de poder, traição, sedução e prazer. E assim está aberto o apetite para o novo livro do portimonense Nuno Campos Inácio, «Covid-19 – Jogos de Poder», num regresso inspirado à ficção, por onde começou a escrever, antes de ter enveredado pelos caminhos da genealogia e da literatura histórica. Uma obra que nasceu numa conversa de amigos no dia de aniversário da sua filha, 12 de março de 2020, precisamente na véspera de Portugal ter entrado no seu primeiro confinamento geral. “Estávamos num restaurante, foi a última vez que saímos, e colocava-se a hipótese de, no dia seguinte, tudo ser fechado. Na altura disse, quase por brincadeira, que, como iria ficar sem nada para fazer, ainda escrevia um romance sobre o aparecimento do vírus. E, de facto, no primeiro dia do confinamento, arranquei com o livro”, recorda o oficial de justiça de profissão e cofundador da Arandis Editora, a par de Sérgio Brito e Fernando Lobo. “Logo em janeiro de 2020, quando se começou a falar do novo coronavírus, iniciei a investigação e recolha de informações e havia uma série de questões que não batiam certas umas com as outras. Podia ser um problema de fontes ou de interpretação dos próprios acontecimentos, mas parecia que existia ali um jogo de poder com algum objetivo pré-definido. Fui desenvolvendo a história, que acompanha um grupo de cientistas – e não só – que prestam serviços para empresas e organizações detentoras do poder”, adianta o entrevistado.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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