A Arandis Editora escolheu o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas para anunciar a retoma da sua atividade editorial, com uma nova página digital, uma livraria online mais dinâmica, novas obras publicadas, uma nova linha editorial denominada «Biblioteca Algarviana», a retoma do Prémio de Poesia Manuel Neto dos Santos – que passa a ser ibérico – e a criação do Prémio Victor Borges, para obras de ensaio de cariz histórico e monográfico. A editora algarvia não chegou a suspender completamente a sua atividade, mas viu-se forçada a reduzir o volume de publicações e a adiar a apresentação pública de várias obras. Ainda assim, editou obras como «Cartas com destino ao céu», de Vlada Serra; «Recordando o Aleixo» e «Memórias de São Tomé», ambas de José Conceição Casinha Nova; «O Ser Invisível», de Beatriz Rosário e João Sena; o segundo volume da obra poética de Emiliano da Costa, «Phlogistos», reunida e comentada por Luís Barriga; o terceiro volume de «Memórias & Documentos», de António Horta Correia; ou o romance «Covid 19 – Jogos de Poder», de Nuno Campos Inácio.

Neste período de confinamento foram ainda estabelecidas parcerias com a Edições Colibri, para a publicação da «Antologia de Contos do Algarve», com o Rotary Club de Faro, para a publicação do Prémio Tito Olívio, e com o Lions Clube de Portimão, para a publicação do seu prémio literário. Obras que viram as suas apresentações canceladas durante o confinamento, como «Ferreiras Estudo Histórico», de Idalina Nunes Nobre, ou «Convento de Nossa Senhora da Esperança – Passado, Presente e Futuro», de Rita Ceríaco, Miguel Côrte-Real e Nuno Campos Inácio, irão finalmente ser divulgadas.

A primeira apresentação pública de um novo título ocorrerá no dia 21 de junho, pelas 18h, na Biblioteca Municipal de Lagoa, neste caso a obra de Maria Helena do Carmo, «Macau no tempo áureo do comércio». No dia 4 de julho será a vez do Auditório do Museu Municipal de Portimão acolher a apresentação pública do Prémio Literário Lions Clube de Portimão 2020, uma antologia com os quatro contos distinguidos neste prémio. Outras apresentações serão anunciadas gradualmente, ainda que a Arandis Editora pretenda adiar a maioria dos eventos para setembro e outubro, altura prevista para que o país obtenha a tão almejada imunidade de grupo, que permita a realização de cerimónias com o mínimo de restrições.

A editora aproveitou este período de menor atividade para reformular a sua página de internet, disponível em www.arandiseditora.pt, que pretende prestigiar todos os intervenientes (editores, autores e leitores) e seguidores da atividade literária algarvia. Com a coleção «Biblioteca Algarviana», um dos projetos em que pretende investir fortemente, a Arandis Editora deseja reeditar os grandes clássicos do Algarve, hoje completamente esquecidos ou ignorados. A coleção inicia-se simbolicamente com o título «O Algarve», de Júlio Lourenço Pinto, um périplo pelo Algarve de 1894. O Prémio de Poesia Manuel Neto dos Santos, que teve quatro edições, regressa neste biénio com o título «Prémio Ibérico de Poesia Manuel Neto dos Santos», aberto a poetas de língua portuguesa e castelhana.

Outra novidade será a criação de um prémio literário de homenagem ao arquiteto e investigador Victor Borges. O «Prémio de Ensaio Histórico e Monográfico Victor Borges» pretende distinguir e editar obras de cariz histórico ou monográfico sobre o Algarve, incentivando deste modo a investigação e produção de obras com esta temática.