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João Fernandes, Isilda Gomes, Miguel Oliveira e Paulo Pinheiro |
Pela terceira vez no espaço de um ano os bólides de duas rodas do MotoGP vão acelerar no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, de 5 a 7 de novembro, por ocasião do Grande Prémio do Algarve 2021. A «montanha-russa algarvia» vai ser palco da penúltima ronda do Mundial, naquela que será a oportunidade dos fãs portugueses se despedirem da lenda do motociclismo Valentino Rossi do Campeonato MotoGP, mas, acima de tudo, de verem ao vivo o português Miguel Oliveira, que tentará repetir a vitória registada neste circuito em 2020.
Ao contrário do que sucedeu no ano transato, o Grande Prémio do Algarve 2021 terá, pela primeira vez, público, sendo de esperar cerca de 65 mil espetadores, o que corresponde a 75 por cento da capacidade do Autódromo Internacional do Algarve, isto apesar de, em novembro, os recintos desportivos já puderem ter, previsivelmente, lotação completa. Certo é que a bancada Sul 2 já está esgotada, as vendas para as restantes decorrem a bom ritmo e nesta corrida será, inclusive, montada uma bancada num dos locais mais marcantes do circuito, junto à famosa e espetacular curva Craig Jones. Não admira, por isso, que João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, considere tratar-se de “uma prova importantíssima para o Algarve, seja pela capacidade que tem para atrair público neste período da época baixa, seja como veículo promocional da região enquanto destino turístico”. “É um circuito bastante diferenciador pelas suas características técnicas e que agrada muito aos pilotos. E só em duas redes sociais dinamizadas pela Dorna (promotora do MotoGP) tem 420 milhões de impressões, com 24,5 milhões de seguidores. Muito obrigado a todos aqueles que contribuíram para que este grande espetáculo se realizasse no Algarve”, agradeceu João Fernandes.
O orgulho de acolher novamente o MotoGP estava bem visível no rosto de Paulo Pinheiro, CEO do Autódromo Internacional do Algarve, por ser “o reconhecimento de uma longa caminhada que a equipa da Parkalgar fez com as forças vivas da região”. “Em 12 meses vamos conseguir ter três Grandes Prémios do MotoGP, dois Grandes Prémios de Fórmula 1, um Campeonato do Mundo de Resistência, dois European Le Mans Series, dois históricos, três Campeonatos do Mundo de Karting, duas 24 horas Le Mans. Seremos, porventura, o circuito do mundo com mais eventos desportivos neste último ano”, realçou Paulo Pinheiro, ele próprio um antigo praticante de karting e motociclismo, agora dedicado somente ao automobilismo. “Tive a sorte de ter na nossa equipa campeões e vice-campeões do mundo, incluindo o Miguel Oliveira e o Miguel Praia, os dois maiores pilotos portugueses de motociclismo de sempre. Para mim, o Miguel Oliveira é um herói, um exemplo de esforço, trabalho, dedicação e talento”, frisou.
Paulo Pinheiro não tem dúvidas de que o Grande Prémio do Algarve de MotoGP será o principal evento desportivo a acontecer, este ano, em território nacional e, apesar de poder ter as bancadas todas cheias de público, a direção da Parkalgar optou por ficar-se pelos 75 por cento da capacidade, como medida de precaução, uma vez que continuamos a viver uma pandemia mundial. “Fizemos a nossa obrigação de tentar trazer o máximo de eventos para o Algarve, para o nosso circuito, com tudo o que isso acarreta em termos de impacto económico e social. Estamos a cumprir uma das nossas principais missões enquanto equipamento de grande dimensão e importância a nível mundial e é o afirmar de Portimão como uma referência mundial do desporto motorizado”, declarou Paulo Pinheiro, antes de passar a palavra a Miguel Oliveira, sobre quem todas as atenções estarão concentradas, sobretudo depois da vitória alcançada em novembro de 2020 neste mesmo circuito. “Desde o momento em que todo o paddock e a organização conheceu o Algarve que se sentiu que ninguém queria ir embora. Foi um fim-de-semana de competição como nunca tínhamos tido até ao momento e foi clara a vontade de repetir a experiência, o que veio a acontecer em abril deste ano, ainda sem público. Faltava esse ingrediente especial, o calor dos fãs”, admitiu o português.
Se a interação com o público no paddock ainda não será possível, como sucedia noutros tempos pré-covid19, haverá, contudo, muitos milhares de pessoas nas bancadas, daí que Miguel Oliveira agradeça os esforços de todas as entidades envolvidas para que o MotoGP regressasse novamente a Portimão. “Espero um grande resultado e, até novembro, continuarei como sempre a dar o meu melhor, a trabalhar com afinco”, garante o atual 8.º classificado do Campeonato Mundial de MotoGP, antes de falar da emoção de se correr na «montanha-russa algarvia». “Obviamente que as emoções são vividas muito intensamente quando guiamos uma moto com quase 280 cavalos e, no traçado de Portimão, é, de facto, uma sensação única. O segredo é simplesmente desfrutar o melhor possível desta montanha-russa a 300 Km/h”, aconselhou, com um sorriso.
Se a interação com o público no paddock ainda não será possível, como sucedia noutros tempos pré-covid19, haverá, contudo, muitos milhares de pessoas nas bancadas, daí que Miguel Oliveira agradeça os esforços de todas as entidades envolvidas para que o MotoGP regressasse novamente a Portimão. “Espero um grande resultado e, até novembro, continuarei como sempre a dar o meu melhor, a trabalhar com afinco”, garante o atual 8.º classificado do Campeonato Mundial de MotoGP, antes de falar da emoção de se correr na «montanha-russa algarvia». “Obviamente que as emoções são vividas muito intensamente quando guiamos uma moto com quase 280 cavalos e, no traçado de Portimão, é, de facto, uma sensação única. O segredo é simplesmente desfrutar o melhor possível desta montanha-russa a 300 Km/h”, aconselhou, com um sorriso.
A importância dos eventos do Autódromo Internacional do Algarve foi mais uma vez salientada por Isilda Gomes, presidente da Câmara Municipal de Portimão, segundo a qual o Grande Prémio do Algarve de MotoGP deverá ter um impacto económico direto na ordem dos 40 milhões de euros neste fim-de-semana. “Finalmente vamos ter uma prova internacional que terá na sua designação o nome «Algarve», o que vem reforçar a ideia de que somos uma verdadeira região. O que é bom para Portimão é bom para todo o Algarve, pelo que a região tem que se unir em torno destes grandes eventos, porque o seu retorno é extraordinário. E para o Algarve, mas também para Portugal, porque somos contribuintes líquidos para o PIB nacional”, salientou a edil portimonense. “O que espero é que estas provas se tornem eventos âncoras no Algarve e que não tenham lugar no Autódromo Internacional do Algarve apenas em tempos de pandemia”, acrescentou.
Isilda Gomes referiu ainda que existe uma dívida para com Miguel Oliveira por, em novembro de 2020, aquando da sua vitória em Portimão, o piloto português não ter as bancadas cheias de fãs a festejar o seu resultado. “Quer ganhes, quer não ganhes este ano, tu mereces esse aplauso nesse dia. Do mesmo modo que não me canso de elogiar o Paulo Pinheiro e toda a sua equipa. É um orgulho para qualquer país ter um circuito como o Autódromo Internacional do Algarve e temos que estar ao lado destes homens e mulheres para que continuem a fazer mais e melhor pelo Algarve e por Portugal”, defendeu a autarca. “O poder político tem a obrigação de apoiar empresários como estes, porque o Algarve, neste fim-de-semana, vai ser mostrado a milhões de pessoas espalhadas por todo o mundo, e esse retorno financeiro é impossível de contabilizar. Alguns hotéis que iam fechar em outubro já não o vão fazer por causa do MotoGP, o que se traduz em menor desemprego, até porque depois estamos logo a um passo do Natal e do Réveillon”, destacou ainda Isilda Gomes.
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
Isilda Gomes referiu ainda que existe uma dívida para com Miguel Oliveira por, em novembro de 2020, aquando da sua vitória em Portimão, o piloto português não ter as bancadas cheias de fãs a festejar o seu resultado. “Quer ganhes, quer não ganhes este ano, tu mereces esse aplauso nesse dia. Do mesmo modo que não me canso de elogiar o Paulo Pinheiro e toda a sua equipa. É um orgulho para qualquer país ter um circuito como o Autódromo Internacional do Algarve e temos que estar ao lado destes homens e mulheres para que continuem a fazer mais e melhor pelo Algarve e por Portugal”, defendeu a autarca. “O poder político tem a obrigação de apoiar empresários como estes, porque o Algarve, neste fim-de-semana, vai ser mostrado a milhões de pessoas espalhadas por todo o mundo, e esse retorno financeiro é impossível de contabilizar. Alguns hotéis que iam fechar em outubro já não o vão fazer por causa do MotoGP, o que se traduz em menor desemprego, até porque depois estamos logo a um passo do Natal e do Réveillon”, destacou ainda Isilda Gomes.
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina