O minimalismo surgiu como um movimento associado à cultura e às artes na década de 20 do século passado. Nos anos 80 começou a ser difundido no urbanismo e no interior dos espaços, como uma forma de contrapor os excessos do consumismo. Nas nossas casas este estilo pode caracterizar-se por cores neutras, linhas simples e geométricas, espaços amplos e com poucos elementos decorativos.
Mas Minimalismo não é só decoração, não é só ter menos superfície para limpar o pó…embora este factor seja muito positivo 😊
MINIMALISMO é muito mais que isso, é um verdadeiro estilo de vida que envolve não só o que escolhemos para estar à nossa volta, mas também a forma como encaramos e vivemos a Vida!
Para sermos minimalistas, o primeiro passo é conseguirmos identificar o que É importante e o que NÃO É, o que tem significado e o que não tem; e essas decisões aplicam-se à decoração da nossa casa, ao que vestimos, mas também aos nossos pensamentos, ao nosso trabalho e dia-a-dia e aos nossos relacionamentos. Parece um «exercício» fácil, certo? Mas não é!
Requer análise «interior» num Mundo onde só se vive para o «exterior», e acima de tudo requer desapego, desapego de coisas, de pessoas e de situações. O apego é considerado um dos grandes problemas da Humanidade, apegar dá-nos falsos sentimentos de segurança e afasta-nos das tão necessárias mudanças que fomentam crescimento e evolução humana.
Uns dizem que é a idade que nos traz a percepção do que é realmente importante na Vida, com a idade vem a dita sabedoria para fazermos melhores escolhas, mas eu diria mais, diria que são as perdas pelas quais passamos que nos fazem valorizar e escolher o que tem SIGNIFICADO.
Na minha «curta» Vida (aliás, parece que foi ontem que nasci) já passei por várias experiências de perdas dolorosas: perda de segurança financeira, perda de pessoas importantes, perda de tempo, perda de bens. «Perder» é a maior aprendizagem e oportunidade de crescimento que a Vida nos propõe. Não somos educados para perder, só para ganhar.
Ninguém fala do que temos mais certeza na Vida desde que nascemos: a Morte! Ninguém está preparado para enfrentar a perda, dos que nos são queridos nem da nossa. Falar da Morte não devia ser tabu, porque a percepção dela faz-nos valorizar mais a Vida e tudo o que podemos SER e fazer com ela. Então a VIDA tem maior significado!
Quando finalmente percebes o que tem significado ou importância, e vives de acordo com essa verdade, estás a ser MINIMALISTA!
Minimaliza-TE na tua casa para te sentires «em casa», rodeado/a somente do que realmente precisas e te faz Feliz;
Minimaliza-TE nos teus pensamentos e preocupa-te só com o consegues controlar;
Minimaliza-TE no teu tempo, e não o percas por situações ou pessoas que não o merecem;
Minimaliza-TE no que fazes dos teus dias, como os aproveitas, a quem e como os dedicas;
Minimaliza-TE nos teus relacionamentos para que dês verdadeira importância a quem tens por perto, a quem te acrescenta e se faz presente.
Lina Messinas é especialista em Feng Shui
Crónica publicada em:
REVISTA ALGARVE INFORMATIVO #322 by Daniel Pina - Issuu
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