O Museu Municipal de Tavira – Palácio da Galeria acolhe, até dia 16 de abril, a exposição «Caminho – A reconstrução da memória», de Rui Matos, que revela os vários percursos do trabalho do artista, nos últimos 13 anos, altura em que o ferro e as suas possibilidades construtivas entraram na sua linhagem. A exposição explora, igualmente, a relação entre o corpo da escultura, o desenho na superfície da parede e a sua sombra coreografada.
Segundo Rui Matos, “cada escultura corresponde a um corpo de origem única que cresceu e se desenvolveu a partir de uma tensão interior e pode aceitar objetos exteriores, integrando-os como utensílios”. “Os objetos falam e, por vezes, seguem-nos os gestos (como que por mímica). Podemos pensá-los a partir do seu interior, como se estivéssemos dentro de um espaço arquitetónico, ou a partir de uma visão exterior em que eles estabelecem relações de parentesco, organizam sequências ou indicam percursos”, acrescenta o artista, para quem este é um trabalho muito específico enquanto autor, “mas cada escultura só ficará, verdadeiramente, concluída, quando o observador a completar com a sua visão pessoal, a sua sensibilidade e a sua cultura”.
O Museu Municipal de Tavira funciona, de terça-feira a sábado, das 9h30 às 16h30.
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
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REVISTA ALGARVE INFORMATIVO #325 by Daniel Pina - Issuu