Deu-se, no dia 13 de abril, o «pontapé-de-saída» para a criação do Centro Oncológico de Referência do Sul, um projeto público integrado no Serviço Nacional de Saúde que vai nascer no Parque das Cidades. O protocolo para a cedência do terreno onde será construído o edifício destinado a esta importante unidade pública de saúde foi assinado entre a Associação de Municípios Loulé/Faro e o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), entidade que vai ser responsável pela construção, manutenção e exploração de todos os recursos técnicos e humanos deste centro que ficará localizado nas imediações do futuro Hospital Central do Algarve.


O concurso público foi aprovado, no dia 13 de abril, em Conselho de Administração e deverá ser lançado de imediato, revelou Ana Varges Gomes, presidente do CHUA, numa cerimónia que contou com a participação dos presidentes das Câmaras Municipais de Faro e de Loulé, Rogério Bacalhau e Vítor Aleixo, respetivamente, e do Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, José Apolinário. E ambos os autarcas mostraram-se bastante satisfeitos com o projeto e com “este primeiro passo que foi dado”, sublinhando a sua importância para a população que sofre de doença oncológica, suprindo-se assim a carência de uma infraestrutura deste nível na região, e realçando o facto de este ser um equipamento público que ficará sempre na esfera do serviço nacional de saúde. “A propriedade e exploração não podem, a título algum, vir a ser cedidas a entidades terceiras fora do SNS. O perímetro da operação ficará blindado ao SNS, não haverá aqui soluções de transição em que depois sejam entidades externas às entidades públicas a operar”, fez questão de esclarecer Vítor Aleixo, que preside atualmente à Associação de Municípios Loulé/Faro.

O responsável do Município de Loulé alertou ainda para a necessidade, a partir deste momento, de empenho por parte do CHUA no projeto e em fazer a obra. “Há financiamento, há vontade política, e isto só depende das entidades regionais, o que é uma vantagem, ao contrário do Hospital Central do Algarve, que depende muito da administração central”, referiu. “Este Centro Oncológico é algo que o Algarve em particular precisava há muito tempo”, considerou, por seu lado, Rogério Bacalhau, autarca de Faro e presidente da Assembleia Geral da Associação de Municípios Loulé/Faro. O edil farense relembrou o papel da Associação Oncológica do Algarve no tratamento “que há 30 anos veio, de alguma forma, tapar uma lacuna que existia no Algarve, que teve um papel fundamental na prestação de serviços a estes doentes, mas é preciso ir muito mais além e hoje estamos aqui a dar esse passo e com este equipamento ficaremos muito melhor servidos”, considerou.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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