O Autódromo Internacional do Algarve e a Universidade do Algarve associaram-se para lançar um novo parque tecnológico na Europa para a investigação, desenvolvimento e teste de tecnologias e soluções nas áreas da mobilidade, energia e sustentabilidade. Localizado nas mesmas instalações do mundialmente famoso Autódromo Internacional do Algarve onde a F1, Moto GP e todas as outras grandes marcas e equipas se deslocam para competir e testar os seus veículos, e onde as melhores OEM – Original Equipment Manufacturer de nível mundial testam, desenvolvem e lançam os seus componentes para veículos, o Celerator é o resultado de uma união entre a Universidade do Algarve – um centro de conhecimento e ensino superior, composto por profissionais dos mais elevados padrões de qualidade e especialização – e o Autódromo Internacional do Algarve.


Ganhando por estar tão próximo do circuito e ter a Universidade como membro fundador, o objetivo do Celerator é ser uma infraestrutura de aprimoramento de conhecimento tecnológico para o desenvolvimento de know-how e tecnologia, para internacionalização de empresas e aceleração de entrada no mercado, com produtos e serviços de alto valor, reunindo assim as fases de criação, desenvolvimento, transferência e adoção pelo mercado de soluções de mobilidade, descarbonização, combate às alterações climáticas ou inovação energética. “A empreitada vai avançar no terreno amanhã e serão cerca de cinco meses intensos para concluirmos uma obra com mais de 2 mil metros quadrados. É um desafio enorme e complexo, mas que nos enche de orgulho, porque será o primeiro edifício do Algarve apto para albergar empresas relacionadas com as novas tecnologias da indústria automóvel e das energias renováveis”, referiu Paulo Pinheiro, Presidente do Celerator e CEO da Parkalgar, no dia 13 de julho, aquando do ato de consignação formal da obra.

De acordo com Paulo Pinheiro, o futuro passa pela mobilidade elétrica, mas, fundamentalmente, a médio e longo prazo, por novas formas de energia para motores de combustão interna, que necessitam de combustíveis sintéticos que têm como vantagem a não emissão de CO2. “Portugal já tem uma política clara sobre o hidrogénio verde, mas ele, por si, não consegue fazer nada, precisa de aplicações finais. E outro problema que se vai começar a colocar à sociedade dentre de poucos anos, e de forma muito forte, tem a ver com a segunda vida das baterias de todos os veículos elétricos e híbridos. Apesar de já não ser suficiente para servir o seu propósito principal, elas continuam a ter um potencial energético que pode ser utilizado por via de uma transformação, de uma aplicação e de módulos de gestão interessantes”, entende o responsável do Autódromo Internacional do Algarve. “Os fabricantes de automóveis, na sua génese, têm uma preocupação ambiental e, se não houver um fim ecológico para estas baterias, continuam com um problema por resolver, e nós queremos fazer parte da solução”, acrescenta.

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Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina