Os órgãos sociais da Região de Turismo do Algarve para o mandato 2023-2028 tomaram posse, no dia 1 de agosto, em cerimónia realizada no Autódromo Internacional do Algarve e na qual marcaram presença, para além de inúmeros autarcas, dirigentes e empresários algarvios, o Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, o Ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, a Secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, o Secretário de Estado do Ambiente, Hugo Pires, e o Presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade. Hélder Martins continua a liderar a Assembleia Geral e recordou que o anterior mandato foi pautado por vários acontecimentos que dificultaram a vida do setor, desde a pandemia à escassez de água e aos incêndios rurais e florestais. “Neste momento verifica-se uma ligeira diminuição da ocupação das unidades hoteleiras, apesar do Aeroporto de Faro receber mais passageiros. Falta claramente o mercado nacional, o que se deve ao agravamento dos encargos dos portugueses com a banca e que os impede de viajar nas suas férias. Não há uma baixa muito grande na hotelaria, mas ela existe, e a restauração também está a viver alguma apreensão”, analisou o também presidente da AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve.
Neste contexto, Hélder Martins lamenta que o Algarve não possua condições financeiras para realizar uma campanha promocional junto do mercado interno. “Não me devo enganar muito se disser que, hoje, o orçamento da RTA será bastante idêntico ao da altura em que fui presidente desta entidade, há 20 anos, pelo que seria importante que o Algarve tivesse alguns meios complementares para a promoção turística”, referiu, sublinhando igualmente a preocupação da região por ter perdido alguns eventos estruturantes como a Fórmula 1 e o Rali de Portugal, e eventualmente o Portugal Masters. “Resta-nos a Volta ao Algarve em Bicicleta e alguns eventos que acontecem no Autódromo Internacional do Algarve, pelo que temos todos que dar as mãos e lutar por acontecimentos que são importantes pelo retorno em termos de imagem, mas também pelo negócio que geram na época baixa. Outras regiões organizam grandes eventos e criam grandes estruturas que ficam para o futuro e é nesse campeonato que o Algarve precisa estar”, defendeu Hélder Martins.
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Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
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