A 21 de abril de 1985, Ayrton Senna da Silva alcançou a sua primeira vitória na Fórmula 1, a bordo de um Lotus 97T, num Grande Prêmio de Portugal marcado por uma chuva intensa. Quase quatro décadas depois, a Avenida Ayrton Senna da Silva, na Quinta do Lago, assistiu, no dia 21 de abril, à inauguração de um jardim, e de uma escultura da autoria de Carlos de Oliveira Correia, que simbolizam a memória de um dos maiores pilotos da história e que foi residente, na década de 80, deste empreendimento turístico do concelho de Loulé.


Ayrton Senna da Silva, tricampeão mundial de Fórmula 1 (1988, 1990 e 1991), faleceu tragicamente em 1994, mas o seu legado continua vivo na mente de milhões de fãs em todo o mundo. A Infraquinta, em parceria com o escultor Carlos de Oliveira Correia, materializou esse legado na forma de uma réplica do seu carro de Fórmula 1, moldada em aço corten, material resistente, 100 por cento reciclável, e que se integra na paisagem natural do jardim da Avenida Ayrton Senna da Silva. “Era uma pessoa com uma energia contagiante, um símbolo no desporto motorizado, por isso, tínhamos que fazer mais qualquer coisa do que simplesmente dar o seu nome a esta avenida”, referiu Pedro Pimpão, administrador da Infraquinta. “Este é o maior jardim gerido pela Infraquinta, tem 3 mil e 500 metros quadrados, e quisemos fazê-lo em homenagem à pessoa, mas também em consonância com a natureza. Por isso, tem cerca de 600 plantas e 35 árvores autóctones, da região algarvia e do clima mediterrânico, e todo ele é regado com água residual tratada”, explicou.

A réplica do Lotus 97T será iluminado por dois holofotes alimentados por um painel solar, portanto, a eficiência energética une-se à eficiência hídrica nesta homenagem a um dos residentes mais famosos da Quinta do Lago no respeito pela natureza, num investimento total que rondou os 75 mil euros. Uma preocupação que foi enaltecida por David Pimentel, vice-presidente da Câmara Municipal de Loulé, que, à semelhança de Pedro Pimpão, também era fã de Ayrton Senna da Silva. “Trouxe uma dimensão completamente distinta ao desporto e conseguiu lutar contra tudo e contra todos para chegar onde chegou. Nunca teve o melhor carro ou a melhor equipa, mas sempre acreditou nele próprio, com esforço, dedicação, resiliência, força de vontade. Com um carro pior venceu várias provas, simplesmente porque decidiu deixar de fazer pit stops durante as corridas. Ao invés de se queixar das suas condições, reinventou-se, uma mensagem que gostaria de realçar. Se fizermos o nosso melhor, com um espírito de partilha, entreajuda, solidariedade e de luta, de certeza que o dia de amanhã vai ser mais positivo e que vamos deixar para os nossos um mundo melhor”, declarou o autarca.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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