O 11 de maio vai ser assinalado de forma muito especial nos Monumentos Megalíticos de Alcalar, com a realização da recriação «Um Dia na Pré-História», popular evento dirigido sobretudo às famílias com crianças e promovido pelo Município de Portimão, através do seu museu, que este ano comemora 16 anos ao serviço da memória e identidade da comunidade local.

Ao longo desta recriação, que decorre das 10h às 18h e tem entrada livre, os participantes desfrutarão de uma experiência divertida e memorável, conhecendo o quotidiano das populações pré-históricas que há cerca de cinco mil anos habitavam a região. A arqueologia experimental volta a marcar a oferta desta iniciativa, com um conjunto de propostas que permitirão ao visitante participar e assistir à preparação dos alimentos até à sua confeção, fazendo igualmente parte da ementa o berbigão, a ameijoa e o peixe, que os mais curiosos poderão provar.

Sem fósforos nem facas, a equipa – especializada neste tipo de experimentação – vai fazer o fogo e preparar os alimentos como acontecia há cinco mil anos, utilizando instrumentos de pedra. Será possível conhecer o fabrico de ferramentas, os processos de talhe, a preparação e cozedura de alimentos, a confeção de cerveja pré-histórica, como se faziam os instrumentos agrícolas e adornos, de que modo eram transportados os grandes monolíticos, como era a moagem e, ao nível de novidades, de que forma funcionava a oficina de gravura com base nos padrões gráficos das placas de xisto.

O dia também será animado pela presença dos alunos que frequentam o curso de teatro da Escola da Bemposta, que recriarão cenas do quotidiano daqueles tempos milenares. Toda esta diversificada recriação, que se realiza desde 2006, contará com a colaboração das Juntas de Freguesia de Portimão, Alvor e Mexilhoeira Grande, do Grupo de Amigos do Museu de Portimão, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve e do Agrupamento de Escolas da Bemposta, proporcionando um conjunto de experiências fundamentadas pelos estudos já realizados sobre o território alcalarense e os trabalhos desenvolvidos por parte de investigadores das universidades de Estugarda e Córdoba e pelo Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa.