A poupança de água, no Algarve, continua abaixo das necessidades, de acordo com o gráfico divulgado recentemente pela Agência Portuguesa do Ambiente. O concelho de Olhão (-10,02 por cento) foi um dos nove que conseguiu chegar à poupança estipulada – 10 por cento –, ficando-se os restantes com consumos acima das indicações governamentais.


A Ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, que esteve, no dia 20 de setembro, na reunião da Subcomissão Regional da Seca, em Faro, admitiu que os municípios que não cumprem podem vir a ser penalizados. Por sua vez, António Miguel Pina, presidente do Município de Olhão e da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), ressalva “o esforço notório que foi feito porque o consumo aumentava de ano para ano”. “Conseguimos inverter, num ano, uma tendência sempre crescente de consumos”, acrescenta. Uns municípios conseguiram melhores resultados do que outros, destacando o edil olhanense o comportamento do «seu» concelho, que atingiu a meta definida: “Os munícipes de Olhão estão de parabéns, cumpriram o que estava estipulado”, elogia António Miguel Pina, destacando a necessidade de se continuar a poupar água, para que não falte nas torneiras.

No Algarve, as barragens estão a 35 por cento da capacidade, com água assegurada apenas para um ano. Ainda assim, com um nível superior ao que existia em igual período do ano passado e, como tal, a Ministra do Ambiente garante que, pelo menos para já, não haverá mais restrições.