Os algarvios UFA fecharam a primeira edição do Mundial de Clubes de Ultimate em nono lugar. A jogar em casa, a equipa venceu na manhã deste sábado os ucranianos UKRMix por 12-9 e, depois de ter sido eliminada nos oitavos de final, garantiu a melhor classificação possível.

Desde cedo vistos como uma das melhores equipas em prova, na divisão mista, os Ultimate Frisbee Algarve (UFA) terminaram em nono lugar, numa semana que consideram poder dividir em dois momentos. “Fizemos muito trabalho na fase de grupos, a trabalhar na nossa estratégia e a encontrar o nosso ritmo. A partir daí, ficámos em nível de competição. Fizemos muitas coisas boas, mas acho que ficámos frustrados com alguns resultados. Depois de ficar em segundo nos Europeus, quisemos olhar para a frente, para a possibilidade de ficar no top-8, pelo menos. O jogo dos oitavos foi contra a equipa com que fizemos o jogo de abertura, mas as condições eram diferentes, em termos de vento. Sabíamos que depois de quatro dias ia ser diferente e foi. Eles jogaram num nível muito alto, sem vento, que não é a nosso favor, e não fizemos o nosso melhor jogo”, explicou Kendall Ferreira, atleta dos UFA.

Fora da luta pelos oito melhores do mundo, o objetivo era conseguir a melhor classificação possível. Com duas vitórias depois de perderem o jogo dos oitavos, deixavam as decisões para a manhã deste sábado e tinham pela frente o objetivo de terminar em nono. “Depois disso foi difícil, mas falámos e percebemos o que queríamos fazer, que era lutar pelo melhor lugar possível, o nono. Conseguimos. Agora é trabalhar para desenvolver a nossa estratégia e química porque há mais competições pela frente”, conclui a jogadora.

Num mundial onde as restantes equipas portuguesas terminaram em 31.º e 33.º lugares, em masculinos, e em 25.º lugar no feminino, os grandes vencedores foram os irlandeses Margarita Mix'd, na divisão mista, os Jetset Open, da Bélgica, na masculina e as suecas Valkyria na divisão feminina. Destaque ainda, no fecho da competição, para um jogo de apresentação para o Comité Olímpico, de modo a que o Ultimate passe também a ser uma modalidade em prova nos Jogos Olímpicos.

Ao longo da semana, foram cerca de 2 mil e 500 atletas e mais de 100 equipas que preencheram o areal da Praia da Rocha. Vindos de todo o mundo, todos traziam expetativas de vencer jogos, mas também de reencontrar amigos e fazer deste mundial mais um exemplo do que pode ser um bom espírito de jogo mesmo em competição de alto nível.

Foto: Focus Ultimate