A Águas do Algarve adjudicou, a 1 de outubro, Dia Nacional da Água, o Concurso Público para a Conceção, Construção e Exploração do Sistema de Dessalinização na Região do Algarve com o Agrupamento Complementar de Empresas formado pelas empresas LUSÁGUA – SERVIÇOS AMBIENTAIS, S.A., AQUAPOR – SERVIÇOS, S.A e GS INIMA ENVIRONMENT, S.A.U. O contrato representa um investimento de 107 milhões, 922 mil e 830 euros, integrado no «Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve – SM6 – Promover a dessalinização do mar», enquadrado na Componente C09 do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com um valor de comparticipação de 54 milhões de euros, e tem por objeto a conceção, construção e exploração do Sistema de Dessalinização na Região do Algarve.
O momento formal de adjudicação da dessalinizadora de água do mar do Algarve teve lugar, no dia 22 de outubro, em Albufeira, na sede da AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, numa cerimónia presidida pelo Primeiro-Ministro Luís Montenegro, que esteve acompanhado pelo Ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, e pela Ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho. “A assinatura deste contrato, em complemento com outras decisões, é o caminho para termos em Portugal uma política de gestão, retenção, armazenamento e poupança no domínio da água, tratando-se, por isso, de um momento histórico para o País e para a região”, afirmou o governante, acrescentando que “o aproveitamento da água do mar, até aqui não disponível, não é de somenos, pois vai dar a esta região acesso a água potável que corresponde a 20 por cento do consumo urbano atual, cerca de 16 milhões de metros cúbicos de água, que pode, no limite da capacidade, chegar aos 24 milhões de metros cúbicos”.
Perante um auditório repleto de autarcas, empresários e dirigentes associativos, Luís Montenegro assumiu que “este é um investimento crucial e a possibilidade de suster os momentos de dificuldade que o Algarve tão bem conhece e que nos últimos anos atingiram dimensões extraordinárias”, lembrando igualmente que “antes de tudo estará o abastecimento às populações e depois às atividades económicas que alavancam a qualidade de vida das pessoas”. “O aproveitamento da água do mar, que vai reforçar a capacidade que por outras vias será alcançada, poderá dar estabilidade para termos uma região sustentável e pujante do ponto de vista económico”, entende.
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Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
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