No total, a comitiva lusa contou com 15 elementos em diversas funções. A nível organizativo/operacional estiveram os portugueses Luís Barneto (Compliance Officer IMMAF), Paulo Benedito (Team Leader IMMAF e líder de equipa portuguesa de CUTMAN), Joaquim Alves (Team Leader IMMAF) e João Pelica (CUTMAN Sénior). João Vítor Costa e Carlos Nunes (oficiais de arbitragem) são já elementos de grande impacto no sucesso das provas federativas internacionais deste desporto e mais uma vez contribuíram para o êxito deste Campeonato do Mundo. A Seleção Nacional contou com os seniores Mário Ferreira, Alexandre Rita, Alex Cruz, Axel Furtado e Tomás Figueira, os juniores Diogo Horta e Rodrigo Horta, Luciano Moura (Treinador Principal), José Machado (Treinador Adjunto) e ainda com o apoio do atleta Ricardo Gomes, que viajou por iniciativa própria para auxiliar a equipa no que fosse necessário.
O algarvio Alex Cruz, do Clube Portimonense Fight Club (PFC) de Portimão, fez a sua estreia a sénior e alcançou logo os oitavos de final da competição. “O MMA é o desporto de combate com o maior número de regras para proteção dos seus praticantes, mas com a maior abrangência técnica e tática, sendo completo com luta, tanto em pé como no chão. Cheguei a realizar duas lutas no torneio antes de ser eliminado por desclassificação no segundo assalto contra o vice-campeão europeu. Ainda que a minha participação tenha sido encurtada, foi uma ótima experiência e aprendi muito ao lado do resto da equipe portuguesa, inclusive o único outro algarvio João Pelica (CUTMAN) que me fez o handwrapping, uma das partes fundamentais antes de competir, na minha segunda luta”, relata o atleta. “O evento foi organizado pela maior organização de MMA do mundo, estou grato pela experiência e sei que 2025 vai ser um grande ano, com o Europeu a avizinhar-se e, no final do ano, eventualmente mais uma oportunidade para almejar o título mundial, no que será o meu último ano enquanto atleta amador”, acrescentou.
Desportivamente foi uma competição agridoce, com Portugal a conseguir, pela primeira vez na sua história, ter seis de sete atletas a passarem do primeiro dia de competição, quatro deles vencendo as suas lutas e dois por passagem direta à próxima fase. No entanto, acabaram por não alcançar as medalhas, algo que Portugal tem conseguido sempre nos últimos dois anos em Campeonatos do Mundo e da Europa.
Somente Mário Ferreira e Tomás Figueira atingiram os oitavos de final da prova, contudo, todos os atletas, sem exceção, apresentaram-se com elevado nível competitivo e técnico, e mostraram em Tashkent o porquê de o MMA ser o desporto de combate que mais cresce em Portugal. Mixed Martial Arts que é regulado pela FPLA – Federação Portuguesa de Lutas Amadoras e no Algarve é possível praticar este desporto de combate em clubes de Faro, Quarteira, Albufeira, Portimão e Lagos. Para quem desejar assistir ao vivo a este desporto, no dia 30 de novembro terá lugar a quarta edição do Fusion Fight League Championship, em Lagos, que contará com combates amadores e profissionais, com a presença confirmada de alguns dos melhores atletas nacionais, de Norte a Sul do País, e diversos atletas estrangeiros.
Texto: Daniel Pina | Fotos: IMMAF© e elementos da comitiva portuguesa
Texto: Daniel Pina | Fotos: IMMAF© e elementos da comitiva portuguesa