O exercício nacional de sensibilização para o risco sísmico «A Terra Treme» teve este ano o seu epicentro em Silves, mais concretamente na Escola E.B. 2,3 Dr. Garcia Domingues, no dia 5 de novembro, Dia Mundial de Sensibilização para o Risco de Tsunami. O simulacro decorreu numa escola que tem medidas de autoproteção implementadas por iniciativa da Câmara Municipal de Silves desde 2021 e aconteceu, às 11h05, para demonstrar que a realização dos três gestos simples recomendados em caso de sismo – Baixar, Proteger e Aguardar – podem fazer a diferença no momento da catástrofe.
A par de diversas entidades regionais estiveram presentes o Secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro; o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o Brigadeiro-General Duarte Costa; o Comandante Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve, Vítor Vaz Pinto; o Diretor Geral da Educação, Mestre David Sousa; e a Presidente da Câmara Municipal de Silves, Rosa Palma. E Duarte Costa, dirigindo-se às centenas de jovens que tinha pela frente, não hesitou em pedir-lhes que transmitam estes ensinamentos nas suas casas, “pois vocês são verdadeiramente aquelas pessoas que mudam as tradições familiares”. “Vocês são os futuros dirigentes, os futuros políticos, e esta experiência é fundamental para perceberem que, quando nós nos salvamos a nós, também somos capazes de salvar os outros”, reforçou o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
No uso da palavra, Rosa Palma assumiu a honra e o sentimento de responsabilidade com que Silves acolheu este importante exercício de preparação para emergências e lembrou que “a história tem-nos ensinado que os desastres naturais podem acontecer a qualquer momento e é crucial estarmos prontos para agirmos rapidamente e de forma coordenada”. “Todas as entidades têm que trabalhar unidas pela segurança dos nossos cidadãos. É essa coordenação que nos fortalece enquanto comunidade, que nos torna mais resilientes e preparados para enfrentar aquilo que é inesperado. A preparação e a prática são as nossas melhores ferramentas para minimizar o impacto dos desastres e proteger a nossa população”, defendeu a presidente da Câmara Municipal de Silves. “Estes exercícios permitem-nos testar as nossas capacidades, identificar áreas a melhorar e ajustar os nossos protocolos, para que estejamos sempre prontos para atuar em qualquer situação. Investir na prevenção, na formação e na capacidade de resposta é investir nas vidas, envolvendo, não apenas as nossas forças de segurança, mas também a nossa população nesta missão”, acrescentou a edil silvense, agradecendo ainda a participação no exercício de professores e alunos, “pois, através do conhecimento e da prática, podemos desenvolver uma cultura de prevenção e segurança que será transmitida a gerações futuras”.
A representar a pasta da educação, David Sousa realçou a importância deste exercício nacional, “porque estamos conscientes de que a segurança e a vida são bens que têm que estar sempre na primeira linha da nossa ação”. “A escola proporciona aos alunos conhecimento e competências que promovem a segurança e a responsabilidade. Ao recordar temas como os riscos naturais, a escola contribui para formar cidadãos mais conscientes e preparados para enfrentar situações de emergência e a colaboração com a Autoridade Nacional da Proteção Civil é essencial para uma prevenção mais eficaz”, entende o Diretor Geral de Educação. “É uma cultura de prevenção e segurança que se estende para além dos muros da escola, impactando positivamente famílias e comunidades. A segurança começa em mim, a segurança envolve e responsabiliza-nos a todos”, salientou o Mestre David Sousa.
O governo esteve presente em Silves no «A Terra Treme» na pessoa do Secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, que se mostrou encantado com a música criada pelo professor Carlos Bajanca e os seus alunos da Escola E.B. 2,3 Dr. Garcia Domingues sobre esta temática. “Se o senhor professor e a Autoridade Nacional de Proteção Civil se entenderem, acho que hoje ouvimos o hino nacional do «A Terra Treme». E, quando esse hino for gravado, será pelos jovens que aqui o cantaram e será com os jovens que atuaram”, começou por dizer no seu discurso. “Este exercício nacional vai na sua 12.ª edição, estamos no caminho certo, mas não está tudo feito. Todos os dias temos que fazer mais, de novo, melhor, treinar, aprender, corrigir os erros. Quando acontecer algum sismo, ou outro desastre natural, a vossa cabeça fria, a vossa serenidade, a vossa responsabilidade, são fundamentais. Vocês já aprenderam como reagir, como se protegerem, porque sabemos que todos os meios são finitos e que pode demorar a chegar ajuda. Vocês são um fator essencial de proteção civil, partilhem o que aprenderam com os vossos familiares e amigos”, apelou aos jovens.
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
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