A inauguração do Presépio do Sal e das Artes, que decorreu no dia 1 de dezembro, na Casa do Sal, em Castro Marim, contou com casa cheia e surpreendeu os visitantes, tendo um especial enfoque nas tradições do concelho. Com uma nova linguagem para esta edição, o tradicional Presépio do Sal e das Artes utiliza este ano alguns elementos artesanais e do interior da Serra de Castro Marim, como a empreita, a cana e a palma, através da sabedoria ancestral emanada pelas gentes da terra.
Com mais de três toneladas de sal e mais de 700 figuras, entre elas peças únicas e reinventadas, este presépio da autoria de Ernesto Pires e Maria do Carmo Pires recria cenas religiosas e ofícios tradicionais, com a participação de outros artistas e artesãos como Albina Sequeira, Maria Fernanda Fernandes, Martinho Fernandes, Paula Gaspar, Sebastião Sequeira, Vilma André e Diamantino Romeirinha. A empreita do interior do concelho de Castro Marim é um dos novos elementos que se junta ao Presépio do Sal e das Artes, como, por exemplo, os caminhos e outras peças, feitas e trabalhadas por artesãos locais naturais da Junqueira, que desde sempre deu vida e forma a objetos com as mais diversos usos, tendo um papel importante na sua função de acondicionamento, transporte de bens, agricultura, pesca, salinicultura e atividades domésticas. Além do Presépio do Sal, está também exposto um presépio de cestaria feito em cana e candeeiros produzidos por Vilma André, uma jovem designer de Castro Marim.
O Presépio do Sal e das Artes prossegue, deste modo, o seu trabalho na promoção e reforço do grande motor económico, social e cultural de Castro Marim, que é o sal, com o objetivo de enriquecer e valorizar a ligação simbiótica do concelho à atividade salineira e, paralelamente, promover outros elementos da cultura e patrimónios locais, como o artesanato e as artes. “A promoção do sal e das artes ancestrais é fundamental para a reafirmação do património imaterial do concelho de Castro Marim, e para a sua continuidade com uma aposta na originalidade e numa permanente evolução e adaptação dos materiais e das técnicas tradicionais aos dias de hoje”, indicam os responsáveis autárquicos.
A exposição está patente na Casa do Sal até ao dia 6 de janeiro de 2025 e pode ser visitada todos os dias das 9h às 13h e das 14h30 às 17h30.
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
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