No primeiro dia de fevereiro, às 21h, a programação do Cineteatro Louletano arranca com um concerto que é parte integrante das comemorações do Dia da Cidade de Loulé: The Black Mamba.
Pouco após a apresentação do novo álbum «Last Night in Amsterdam», nos Coliseus de Lisboa e Porto, os The Black Mamba rumam a sul e param em Loulé. A banda celebra 15 anos de existência e condensa no álbum a experiência de uma viagem a Amsterdão, mantendo a sua matriz de soul, funk, rhythm e blues, bem conhecida de todos.
No dia 7, sexta-feira, às 21h, há dança contemporânea, com o selo de qualidade de Sofia Dias e Vítor Roriz. Em «Ruído», uma coprodução do Cineteatro Louletano com a Culturgest (Lisboa), A Oficina (Guimarães), o Teatro-Cine de Torres Vedras e O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo), cinco bailarinos procuram um equilíbrio instável num caos emocional e sonoro, num exercício que fala sobre as nossas vozes interiores e os gestos do quotidiano. Poesia e humor em palco sucedem-se neste espetáculo que inclui o recurso de Audiodescrição (para cegos e/ou pessoas com baixa visão) e que sucede a um workshop no Palácio Gama Lobo, no dia 5 às 18h. Partilham-se ferramentas de pesquisa e improvisação sobre a relação do gesto e do movimento com a voz e a palavra. As inscrições podem ser feitas através do email cinereservas@cm-loule.pt.
Dia 9, domingo, às 11h30, acontece o regresso dos concertos Promenade, pela Orquestra do Algarve. O concerto chama-se «Os Nórdicos e a arte de contar histórias em música» e é dirigido pelo maestro Martim de Sousa Tavares, com a mediação do barítono Rui Baeta. Neste concerto comentado, os holofotes vão para dois compositores nórdicos, o finlandês Jean Sibelius e o norueguês Edvard Grieg.
Pouco depois, a 11, mas no Auditório do Solar da Música Nova, há mais um filme do ciclo «Filme Francês do Mês», organizado pela Alliance Française em parceria com o Cineteatro Louletano. O filme intitula-se «Le cours de la vie», de 2022, e tem realização de Frédéric Sojcher. É exibido às 21h com entrada gratuita.
Dia 13, às 21h, de novo dança, com «RE.SET a metaphor for my queer emancipation», de Be Dias, numa coprodução do Cineteatro Louletano, cuja temática é o empoderamento de uma identidade lésbica. Be Dias (eli/deli, ela/dela) é uma artista genderqueer (pessoa que não se identifica com a norma binária de género) inspirado pelo movimento Queercore (movimento punk da comunidade LGBTQIAPNB+). A peça autobiográfica enfatiza a importância da conexão com as nossas vivências, para nos abrirmos genuinamente às histórias de outras pessoas.
No dia 14, Dia de São Valentim, o Cineteatro Louletano promove o já tradicional Jantar-Concerto do Dia dos Namorados, desta vez com a soprano Filipa Lopes e o tenor Sérgio Sousa Martins, que trazem o espetáculo «Vozes de Ópera», com temas populares do universo lírico, incluindo vários sucessos deste panorama musical. Ambos são acompanhados ao piano pelo maestro Yan Mikirtumov.
No dia 15, sábado, às 21h, é a vez de os Capitão Fausto subirem ao palco do Cineteatro. A banda, que celebra 15 anos de existência, traz a Loulé o álbum «Subida Infinita», lançado em março de 2024. Mais de uma década após a criação do grupo – que agora conta apenas com quatro elementos após a saída do teclista Francisco Ferreira –, os Capitão Fausto estão em digressão pelo país, mostrando uma postura mais pausada, mais madura e mais melódica, mas mantendo a energia em palco que tão bem os caracteriza.
No dia 20, prepare-se para uma peça com um elenco de luxo, que chega a Loulé pela mão do Teatro do Eléctrico. «A Médica» é uma adaptação contemporânea de uma peça de 1912 de Arthur Schitzler. Encabeçada pela atriz Custódia Gallego, conta com a participação de Adriano Luz, Eduarda Arriaga, Igor Regalla, Inês Castel-Branco, José Leite, Luciana Balby, Maria José Paschoal, Pedro Laginha, Rita Cabaço, Sandra Faleiro e Vera Cruz. Nesta peça, uma jovem grávida encontra-se no Bloco Operatório entre a vida e a morte, devido a uma interrupção da gravidez com complicações. Um Padre pretende dar apoio à jovem, mas a médica opõe-se, invocando que a sua presença pode trazer-lhe mais ansiedade. O confronto entre ambos acaba por tornar-se público e viral não só no hospital, entre colegas de trabalho, mas também nas redes sociais, onde foi publicado um vídeo da discussão.
A peça é uma coprodução do Cineteatro Louletano, Teatro do Eléctrico, Teatro da Trindade INATEL, Teatro Nacional de São João e Culturproject. Há sessões de 20 a 22 de fevereiro às 21h e ainda uma sessão às 17h, no domingo, dia 23, com o recurso de Língua Gestual Portuguesa para Surdos.
A fechar o mês, a Plataforma 285 traz a Loulé um espetáculo de teatro que junta outras áreas como o vídeo e o desenho. Trata-se de «eRrAdO», um espetáculo criado a pensar nas crianças e nas famílias. Este propõe o exercício da liberdade de errar, de pintar fora das linhas, escrever palavras que não existem, cantar em línguas inventada. eRrAdO é um elogio à tentativa e erro, num espaço sem ter que acertar ou ter respostas concretas. E porque não há só uma forma certa de ser ou de falar, eRrAdO é um espetáculo com interpretação em Língua Gestual Portuguesa integrada e todas as sessões são descontraídas, que é como quem diz, pode-se falar, mexer e até sair da sala para quem se sinta desconfortável (as sessões descontraídas são feitas a pensar, sobretudo, em público neurodivergente).
eRrAdO tem uma sessão para famílias no dia 27, às 19h, e quatro sessões para escolas (ensino pré-escolar): dia 26, às 9h30 e às 11h, e outras duas no dia 27, nos mesmos horários. A Companhia propõe ainda uma formação para professores, no dia 26, às 15h, no Palácio Gama Lobo. A formação tem a duração de três horas, com inscrições através do email cinereservas@cm-loule.pt.