A matéria foi alvo da atenção do «Polígrafo», projeto jornalístico online que tem como “principal objetivo apurar a verdade no espaço público”, que validou a informação do deputado como sendo «verdade». Diz ainda o «Polígrafo» que as “categorias de crime mais comuns no concelho, de acordo com o INE, são, com margem, crimes contra o património (42,5 por cento), seguidos pelos crimes contra a integridade física (9,8 por cento) e a condução de veículo com taxa de álcool igual ou superior a 1,2 g/l (7,6 por cento)”. O mesmo artigo corrobora a sua análise com o site «Criminalidade em Portugal em 2023», que, diz o «Polígrafo», “chegou à mesma conclusão: Albufeira é o concelho com maior taxa de criminalidade: 9,47 crimes por cada 100 habitantes. Neste ranking, o restante top 5 é composto por Loulé (7,04 por cento), Porto (6,27 por cento), Lisboa (6,17 por cento) e Sines (5,47 por cento”.
José Carlos Rolo considera que “tem que haver uma maior consciência social na emissão da informação”. “No item de crimes contra o património, por exemplo, um número considerável respeita a papeleiras destruídas, o que acontece porque Albufeira tem uma vida noturna internacionalmente conhecida durante a época alta, com quase meio milhão de turistas, ao longo de meses. Albufeira vive do Turismo e estas informações não têm afetado o mercado, porém, não são positivas e poderão vir a afetar”, frisou o edil.
José Carlos Rolo, formado em Matemática, sabe ainda que “entre o significado da palavra e a imagem mental que a palavra «crime» sugere, não cabem papeleiras no chão ou um sinal de trânsito dobrado”. “A palavra criminalidade sugere brutalidade, violência e barbaridade nas nossas ruas. Isso não acontece. Regista-se de vez em quando algum episódio de violência, à semelhança do que pode acontecer em qualquer localidade”, assegura o autarca, que considera que o bom uso da Língua também deve passar por uma maior especificidade em matéria de Estatística, lembrando a escala de “delito menor, delito grave e crime”, expressões que podem ajudar a não criar “este desconforto para os albufeirenses, que conhecem a realidade do concelho e que tomam estas afirmações recorrentes como uma falta de rigor e de respeito para com toda a comunidade”.