Está patente, até 20 de janeiro, no Mercado Local de Castro Marim, uma Mostra Filatélica Comemorativa dos 135 anos da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António e Castro Marim. Um dos pontos altos da iniciativa aconteceu a 15 de janeiro, dia de aniversário dos bombeiros, com o lançamento do carimbo comemorativo, elaborado pelos CTT, tendo como base a revista «Prevenir», que foi durante alguns anos o órgão oficial da Associação e do Comando de Bombeiros de Vila Real de Santo António e Castro Marim.

Para o Município de Castro Marim, este carimbo e o selo comemorativo dos bombeiros são um marco histórico, honrosamente imortalizado na filatelia, além de assumir como estratégico para o território o aproveitamento de sinergias, a valorização de um projeto conjunto e uma corporação única com um reforço significativo dos apoios públicos. “É importante aliviar os dirigentes da Instituição, com uma governação historicamente voluntária, das preocupações permanentes da gestão dos recursos, para que possam dar cada vez mais tempo e espaço à dimensão humana da missão desta grande coletividade, a que faz história e a que faz a diferença. Chegados aqui, valorizando o passado, há que rasgar outros trilhos para que, a cada ano, se possa comemorar novas vitórias e novas conquistas. Da escola dos bombeiros, de petizes a chefias e comandos, a história desta instituição é reescrita todos os dias, em cada ato de amor e de serviço à causa pública”, considera Filomena Sintra, vice-presidente da Câmara Municipal de Castro Marim.

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António e Castro Marim viu a luz do dia a 15 de janeiro de 1890, “quando um punhado de homens bons se reuniram na Câmara Municipal de Vila Real de Santo António para fundarem uma Companhia de Fogo nesta vila, como então eram conhecidas as Associações de Bombeiros”, recorda o presidente da direção, Paulo Simões. “Naquela época, o fogo era combatido de uma forma anárquica por populares que se voluntariavam para um combate desigual. Hoje, as Associações estão melhor apetrechadas, tanto de meios humanos, como de material de combate. Aos homens que manejavam as bombas de água foram atribuídas outras valências, não se coadunando com o amadorismo e o voluntariado. Mesmo aqueles que, rotulados de Bombeiros Voluntários, são autênticos profissionais, sempre prontos a ajudarem a sociedade e as populações. É para isso que os Bombeiros estão sempre presentes”, frisa Paulo Simões.

Também Pedro Rafael, Comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António e Castro Marim, lembra que “esta corporação nasceu do espírito solidário e da necessidade de proteger as populações locais contra os perigos dos incêndios e outras calamidades”. “Desde então, tornou-se um pilar essencial na segurança e no bem-estar da região, sendo reconhecida pela sua atuação incansável, eficiência e humanismo. Além do combate a incêndios, desempenha um papel crucial no socorro a acidentes rodoviários, no transporte de doentes e na resposta a situações de emergência médica. Mas este marco histórico é também um momento para refletir sobre a dedicação dos homens e mulheres que integram esta corporação”, entende Pedro Rafael. “Ser bombeiro voluntário é mais do que uma profissão, é uma chamada para servir. É um compromisso de enfrentar o perigo para salvar vidas, proteger patrimónios e garantir a segurança de todos, mesmo à custa do próprio conforto ou segurança. Que esta celebração inspire o fortalecimento contínuo desta instituição, para que continue a servir as populações com excelência por muitas gerações mais”.

A iniciativa é organizada pela secção de colecionismo da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António e Castro Marim, em parceria com o Município de Castro Marim, a Federação Portuguesa de Filatelia e CTT Correios de Portugal.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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