A Câmara Municipal de Loulé apresentou, em conferência de imprensa no dia 4 de fevereiro, uma solução que permite viabilizar o projeto apresentado para a construção do Centro Oncológico de Referência do Sul, possibilitando ultrapassar os constrangimentos identificados pelos serviços de Urbanismo.

Os serviços de Urbanismo confirmaram a informação dos promotores que, no processo submetido à Câmara, reconhecem que estavam a entregar um projeto que não se compagina com os parâmetros urbanísticos vigentes na área do Plano de Pormenor do Parque das Cidades. A área de construção admissível em área verde equipada corresponde a 2 por cento e, sendo a área total verde equipada de 31,14 hectares, a área máxima de construção é de 6 mil e 228 metros quadrados. Ora, a proposta apresenta uma área de construção de 7 mil e 154,25 metros quadrados, mais de 900 metros quadrados acima do permitido.

Os serviços de Urbanismo já tinham apresentado, em 26 de novembro de 2024, à equipa da ULS Algarve, a solução que passa por alteração do Plano de Pormenor do Parque das Cidades. Durante a conferência convocada para esclarecer a posição do Município, Vítor Aleixo explicou os vários passos que foram dados desde a manifestação de interesse da parte do CHUA (hoje ULS), em implantar no Parque das Cidades este equipamento, em 2021, até ao momento atual. “Fomos muito rápidos a pronunciarmo-nos e a explicar porque é que aquele projeto não podia ter acolhimento e a apontar o caminho para sair do impasse”, reforçou Vítor Aleixo.

A solução apresentada de alteração do Plano de Pormenor será possível em 6 ou 7 meses, através de “uma posição proativa que a Câmara de Loulé desde já assume”, embora não se possa comprometer em nome de outras entidades. Certo é que o autarca de Loulé apoiará qualquer decisão tomada pela ULS Algarve que garanta a disponibilização de cuidados oncológicos de saúde à população.