O projeto CisWEFE-NEX, que integra um consórcio de entidades nacionais e europeias, foi o grande vencedor da primeira edição do Prémio Nacional da Água, uma iniciativa promovida pelo BPI, em parceria com a Deloitte (Knowledge Partner) e o Grupo Impresa.
Financiado pelo programa Horizonte Europa, o projeto CisWEFE-NEX aplica os princípios da economia circular na gestão da água, energia, alimentos e ecossistemas (Water-Energy-Food-Ecosystem Nexus – WEFE Nexus). Entre outras áreas, o projeto visa a reutilização de águas residuais provenientes de lagares de azeite e a dessalinização da água do mar com a utilização de energias renováveis. O CisWEFE-NEX responde de forma concreta aos desafios ambientais da Eurorregião Alentejo-Algarve-Andaluzia, promovendo a sustentabilidade e a resiliência em regiões afetadas pela escassez hídrica.
Com uma duração prevista de cinco anos, o CisWEFE-NEX envolve um consórcio de parceiros nacionais, incluindo a INOVA+, MORE CoLAB, In Loco, Dariacordar, Coopérnico, IDAD-Universidade de Aveiro e REQUIMTE, contando ainda com o apoio das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo e do Algarve, bem como de diversas entidades líderes na Europa. O Prémio foi entregue no âmbito da 2.ª edição do «Fórum BPI: O Futuro da Água», que decorreu na Fundação Champalimaud. Na entrega do prémio, Francisco Matos, Administrador Executivo do BPI, saudou o projeto CisWEFE-NEX como “um exemplo de inovação e cooperação europeia e transfronteiriça”. “O objetivo da criação do Prémio Nacional da Água passa precisamente por incentivar a inovação e a cooperação a vários níveis na resposta aos desafios hídricos”, acrescentou.
O processo de seleção dos premiados inclui diversas fases, desde a identificação de projetos e análise inicial até à seleção de uma shortlist, avaliada pela Deloitte. Além da CisWEFE-NEX, foram também finalistas a Life Anhidra (reutilização de águas no setor têxtil) e a CirRe-Dyeing (reutilização de água e corantes na indústria têxtil). A decisão final foi tomada por um Júri composto por representantes do BPI, Deloitte, Grupo Impresa e especialistas independentes. Os projetos foram avaliados segundo critérios como a resposta a desafios hídricos e a inovação, escalabilidade e impacto.