Situadas no barlavento algarvio, as vinhas UCA beneficiam da frescura do mar e de uma proximidade privilegiada com a riqueza natural da Ria de Alvor, nos seus 27 hectares de extensão. Dos mesmos criadores do vinho Arvad, projeto vinícola algarvio de sucesso a escassos quilómetros, orientado pelo enólogo premiado, Bernardo Cabral, profundo conhecedor da região, e tirando partido do know-how adquirido, surgem os vinhos UCA Violinista, que vão ainda mais longe na frescura e maresia algarvia.

Muito leves e de baixo teor alcoólico, os vinhos UCA Violinista, nas variedades tinto, branco e rosé, apostam numa produção com práticas de intervenção mínima e métodos de produção ecológicos, em sintonia com as preocupações dos novos públicos de vinho, que cada vez mais valorizam a inovação aliada aos processos artesanais para criar vinhos frescos e autênticos que destacam os terroirs regionais. Além da sua relevância cultural, que remonta aos primeiros vestígios do período Neolítico, a Ria de Alvor é também um verdadeiro santuário para a vida selvagem, com sapais, zonas húmidas, dunas e canais de maré que são o habitat perfeito para várias espécies de aves, peixes, moluscos e crustáceos.

Produzidos em terreno argilo-calcário através de condução ao alto com poda em talão, os vinhos UCA Violinista utilizam sondas de monitorização de rega, que medem o stress hídrico, permitindo que se regue apenas quando é necessário. Tirando partido de várias sinergias, as vinhas são ainda ladeadas de roseiras para atrair insetos polinizadores, sendo ainda um excelente indicador para o controlo de doenças. Nos períodos de dormência da videira, cabras pastam no meio das vinhas, ajudando no controlo de infestantes e permitindo uma fertilização natural dos solos, contribuindo ainda para que a região de Alvor continue a ser um refúgio para a vida selvagem, bem como um fator de dinamização da economia local.

O tinto, com as castas Touriga Nacional, Aragonês e Syrah, apresenta notas apelativas de frutos vermelhos maduros, chocolate preto e bergamota. Com uma prova muito agradável, suave e de perfil ligeiramente salgado e aromático, este vinho denota o efeito do clima Mediterrâneo de influência Atlântica, terminando com um toque sedoso e persistente. É uma ótima sugestão para acompanhar entradas e pratos de carne.

O branco oferece um aroma muito apelativo, revelando inicialmente um perfil tropical e cítrico, seguindo-se curiosas notas de erva doce e mineralidade, graças também às castas Arinto e Boal, para além do solo argilo-calcário. Envolvente e fresco, tem uma prova desconcertantemente salgada e mineral, que remete para a proximidade da ria e do mar. O final é muito agradável e persistente, harmonizando na perfeição com entradas, perceves, ostras, saladas e peixe grelhado.

Composto pelas mesmas castas do tinto, o vinho rosé apresenta um tom rosado ligeiro, notas de groselha fresca e goiaba com suave toque floral. Reflete muito bem a sua origem regional com apelativa frescura e salinidade discreta, num conjunto envolvente e suave, perfeito para acompanhar pratos leves como saladas e mariscos ou comida asiática.