Desde que iniciou a sua atividade literária, Luís Barriga tem-se dedicado a conhecer a origem da atual «Festa da Pinha», a mais tradicional manifestação cultural e momento de união de todos os estoienses de coração. Dessa vontade surgiu o conto «Era Uma Vez a Festa da Pinha», com ilustrações da artista farense Ana Paula Almeida, e que será apresentado, no dia 26 de abril, às 16h, na Sede da União de Freguesias em Estoi. “Dedico este conto aos meus conterrâneos e à minha aldeia. Com ele passo o testemunho ao meu neto, para que a memória não se apague”, refere o escritor.

Um conto que, de acordo com Adriana Nogueira, antiga Diretora Regional de Cultura do Algarve, acontece em Estoi e em tempos de pandemia, com um grupo de crianças, atentas e participativas, ao redor do seu avô, que lhes vai descrevendo a origem lendária da Festa da Pinha. “Reclamando uma ancestralidade milenar que recua à Antiguidade (através de semelhanças entre esta festa e as realizadas, na Grécia, em honra do deus Dioniso), o maravilhoso tem o seu lugar, com o milagre de Nossa Senhora para afugentar os lobos que ameaçavam os almocreves. Ao fazer destes homens os heróis, também se homenageia esta profissão em desuso, mas que tão importante foi em tempos (não muito) passados”, indica a docente universitária.