O Museu de Portimão inaugura no sábado, dia 5 de julho, pelas 17h, a exposição «Planeta Azul», da Algarve Artists Network (AAN), organizada com o apoio do Município de Portimão. Patente neste equipamento cultural até 28 de setembro, a mostra, composta por pinturas e esculturas, aborda a beleza da vida e da natureza do planeta Terra, enquanto chama a atenção para a fragilidade do meio ambiente.

A proposta da Algarve Artists Network, agora materializada em exposição, é mostrar a riqueza de uma beleza natural que há muito caracteriza a região e que a tornou um destino sem igual, mas também promover a consciência da necessidade da preservação de um valioso recurso natural, junto do público: a água. A pureza das cores do oceano e das zonas húmidas foi sempre uma fonte de inspiração para os artistas, para além de atrair os apreciadores de arte. 

Com tonalidades de azul incontáveis, que podem ir da translúcida água-marinha até ao sombrio e escuro azul anil, “a água, nas suas diversas formas, reflete também a vida, como um espelho reluzente, nas tragédias dos fogos ou no branco mais puro dos icebergues”, contextualiza a AAN. A importância da água, como recurso indispensável para a vida de todas as espécies, é a razão deste alerta em forma de arte, onde ganha um peso fulcral “a conservação deste recurso, que depende em parte da alteração dos hábitos humanos”, acrescenta o coletivo.

Numa região com fortes ligações ao mar, como é o caso do Algarve, a mostra composta pela visão plural dos 13 artistas da AAN, transmite uma mensagem clara sobre a urgência de preservar este recurso, afastando-o das fontes de poluição, enquanto, em paralelo, o oceano, os rios e os lagos devem ser valorizados. É por esta razão que as pinturas e esculturas vão lembrar os visitantes que a ação diária de todos é vital.

O coletivo AAN é composto por Beata Palach, Birte Proettel, BJ Boutler, Brigitte von Humboldt, Claire Lloyd Bown, João Pinto, Jutta Mertens-Kammler, Kerstin Wagner, Lotti Klink, Rosa Pereira, Silvia Cavelti, Thea Booijink e Vera Christians. Estes artistas, que fizeram do Algarve a sua «casa», consideram que a sociedade civil necessita de reagir e deve procurar contribuir para salvaguardar o ambiente e a beleza deste território. Não é, portanto, por acaso que apelam a que todos «vejam» os efeitos do comportamento humano sobre a vida aquática, as aves e os organismos que vivem nos fundos marinhos.

A mostra poderá ser visitada às terças-feiras, das 14h30 às 18h, e de quarta-feira a domingo, das 10h às 18h. No entanto, entre 15 de julho e 31 de agosto, o horário do Museu altera-se para se adaptar à época estival, com horário mais alargado, estando aberto de terça-feira a domingo, das 15h às 23h. O equipamento cultural encerra à segunda-feira e em feriados nacionais, sendo ainda de destacar a entrada livre para residentes em território nacional aos domingos.