Olhão festejou, no dia 16 de junho, mais um Dia da Cidade, com o programa a começar, nos Paços do Concelho, com a cerimónia do hastear das bandeiras e com a homenagem aos heróis da Restauração de 1808, frente à Igreja Matriz. Houve ainda lugar à inauguração da requalificação dos espaços públicos da Urbanização Custódia Mendes, da Praça Major Castanheda, em Moncarapacho, e da Escola Professor Paula Nogueira, com uma visita ao Jardim-de-Infância.
As comemorações culminaram com a sessão solene, no Auditório Municipal Maria Barroso. Para além das habituais distinções aos colaboradores da autarquia que assinalaram os 25 anos de serviço e aos melhores estudantes do ensino secundário do concelho, foi atribuída a Medalha Municipal de Mérito – Grau Ouro a Jorge Leitão, José Sabino (a título póstumo) e Nemésio Martins, e à banda Íris e às empresas Madeira & Madeira e Necton.
No seu último discurso no Dia da Cidade, ao fim de três mandatos como presidente da Câmara Municipal de Olhão, António Miguel Pina lembrou que passavam 217 anos do momento em que um conjunto de olhanenses se revoltou contra a ocupação francesa, o que veio a despoletar vários acontecimentos que culminariam na independência do concelho. “Ao longo destes muitos anos, esta população precisou sempre de lutar, com bastante trabalho e espírito de união, para fazer crescer Olhão, um contributo que também tive a oportunidade de dar nestes últimos 12 anos. Há um Olhão antes e há um Olhão depois, pois conseguimos realizar diversos investimentos que eram ambicionados há largos anos”, afirmou o edil. “Hoje, os olhanenses têm imenso orgulho da sua terra e essa é a principal obra que desenvolvemos nestes 12 anos”, acrescentou.
Foram 12 anos de transformação em que António Miguel Pina teve muitas pessoas ao seu lado, desde os antigos e atuais vereadores aos presidentes das juntas de freguesia, aos chefes de divisões e departamentos da Câmara Municipal de Olhão e das empresas municipais, bem como aos elementos do seu gabinete, e a todos eles o autarca agradeceu no seu discurso de improviso. “Alguns dos principais investimentos que fizemos neste período aconteceram na educação, com a reabilitação das escolas e a construção de novas salas de aula, para preparar os homens e mulheres de amanhã para ajudarem a construir um Olhão diferente. A nossa economia era frágil, mais de 17 por cento da população estava desempregada, e agora estamos no topo dos concelhos com maior taxa de empregabilidade”, frisou.
Um Olhão que começou com a pesca, a indústria conserveira e a agricultura e que depois ganhou o sector do turismo, “que foi importante para nos tornarmos num concelho mais moderno, mais bem tratado e cuidado, afável, que é bom visitar, onde é bom viver”. “Agora, lançamos as bases para o «Olhão 3.0», porque o grande desígnio já não é a empregabilidade, mas sim pagar melhores salários para que os nossos filhos e filhas aqui fiquem”, declarou António Miguel Pina, sublinhando que o caminho passa, então, por facilitar a instalação de empresas de base tecnológica, ligadas à investigação, ao desenvolvimento e ao conhecimento. Por isso, António Miguel Pina terminou o seu discurso com palavras sobre os futuros Hub Azul e Algarve Innovation and Technology Park, antes de ser aplaudido de pé por um Auditório Municipal Maria Barroso completamente esgotado.
Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
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